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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Causos do Marcílio

Estórias e Causos do Ipu 7

Por Marcílio Lima

30/08/2007- data da publicação

Aconteceu no Ipu.

O excêntrico é o extravagante, que é desviado e afastado do centro. É exótico, diferente.

Em toda urbe existem os excêntricos, exóticos, diferentes, os tipos curiosos, e que fazem do folclore do lugar!

No ipu, vários foram os excêntricos que perambulam àmargem, passando por nós e fazendo parte extrinsecamente ligada à historia e à memória desta terra.

Falemos de “Assis Doido” Um ingênuo, atributo da mente que se tornava valente quando ingeria pequenos porres da velha aguardente. Muitas vezes, com um cacete na mão, rua acima e rua abaixo, aos tombos, vagava pelos becos e ruelas, aos gritos, xingando uns e outros.

Porém ao ver um conhecido.mudava o rumo e haja elogios, parecia um ativista político. Pobre Assis vitima da vida; descendente de família numerosa, os “Ângelo” do careca Santa Luzia, município de Ipu, foi parte de nossa historia, através de seu tipo EXÓTICO! TROVÃO E BARONESA- MÃE E FILHA Ai de quem chamasse dona Gonçala por seu ruidoso apelido que casou muito bem com tom e seus escândalos que saiam de sua boca. Com sua “BANCA DE CAFÉ’, conseguia sustentar sua numerosa prole. Baronesa, sua filha,vivia de lhe dar netos, como lhe deu o ANTÔNIO, que D. Gonçala (TROVÃO), criava e chamava de A TONHO.

Antonio estudava na escola Tereza Odette. Um dia no mês de Fátima para percorrerem de armar o andor de nossa senhora de Fátima para percorrerem em louvores o pacato bairro Reino de Franças. D.Gonçala (a Trovão), era toda alvoroço: te ajeita ATONIO, olha os outros meninos na fila! E assim, foi: professores, alunos fervorosos e a trovão bem na frente, atrapalhando os estudantes, par ver vaidosa, o neto ANTONIO naquele meio.

Daí, inadvertidamente, as professoras, piedosamente, entoaram o hino de nossa Senhora de Fátima e lá “pras tantas” cantaram a seguinte estrofe: “A voz lhes parece sinal de trovão...”bastou A trovão apanhou uma pedra e jogou no meio de multidão, aos berros: Bandos de fios duma égua, vocês querem é brincar comigo ?AVIA ATONIO, sai dessa merda, agora eu vou botar pra lascar, com pedras ameaçando jogá-las.

Correu professores, alunos quase quebravam a imagem da SANTA, foi o estouro da boiada. . . Coité - morador do bairro das pedrinhas, que só descia o morro embriagado permanecia, perambulando pelas ruas de ipu, cantando.

E em bodega em bodega pedia um trago de cachaça e quando não aguentava, mais ia dormir no patamar da igreja Nova bem na porta da igreja.

Certo dia, ao acorda, de um de sues porres, notou a porta da igreja entreaberta, empurrou-a, e entrou na igreja, avistou uma enorme corda, que servia para amarra o badalo do sino, não pensou duas vezes,pegou o rolo de corda e desceu para o mercado público, vendendo ou trocando a corda por cachaça.

Embriagado, novamente foi dormir na porta da igreja, mas, logo após o Gerardo Aires (sacristão) abriu a porta e tentou desperta o Coité dizendo ACORDA ACORDA . . . O Coité, atordoado, confuso e ainda bêbado,disse : NÃO FUI EU SEU GERRARDO, EU NEM VI ESSA TAL CORDA . . . TROVÃO, BARONESA, ASSIS DOIDO E COITÉ Trapos humanos,perdidos nas tempestades que o mundo lhes preparou. Foram diferentes, mas Deus os igualou.

fonte: site da AFAI - ARTIGOS - ESTÓRIAS E CAUSOS p.02 | Acesso:05/01/2010 | Formatação: Airton Soares

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