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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Shop-chão - em Fortaleza

Data: 11/01/2010
Nome: FRANCISCO PAULO ROCHA DE OLIVEIRA
E-mail: paulurocha@uol.com.br
Assunto: "Yes", nós (fortalezenses) também temos, “SHOP-CHÃO”.

Aquilo que os ipuenses chamam de “Shop-Chão” não é privilégio apenas dos habitantes da “terra de Iracema”.

A capital cearense, que um dia já foi bela – hoje é uma “catiroba” de tanta lixo e buraco nas suas vias – também tem o seu Shop-Chão”.

E o mais grave, montado DIARIAMENTE no principal cartão postal e o mais caro metro quadrado da cidade, a avenida BEIRA-MAR

São centenas de muambeiros, sonegando impostos a “céu aberto”.

A Secretaria da Fazenda do Ceará que é muito “competente” para sugar até a última “gota de sangue” do comerciante estabelecido, faz vistas grossas para os muambeiros da feirinha da beira-mar ou de qualquer outra que se instale nas praças ou calçadas da cidade.

O “after day” da feirinha da beira-mar tem o mesmo resultado do “Shop-Chão” do Ipu, ou seja, muito lixo e uma fedentina insuportável.

Quem costuma caminhar na beira-mar pela manhã sente o drama.

Se já não bastassem: a sonegação de impostos, a venda de produtos piratas, a sujeira proporcionada pelos muambeiros, o bloqueio do calçadão, os “gatos” de energia elétrica - cujo custo é repassado para o cidadão que paga a maldita e absurda taxa de iluminação pública (quem mora em condomínio é bi-tributado, pelo seu apartamento e pelo prédio), a feirinha da beira-mar camufla venda de drogas, de produtos roubados, de agenciamento de garotos e garotas de programas e de exploração sexual de crianças.

O turista imbecil que visita Fortaleza gosta “daquilo”.

Como diz um velho ditado: “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

Não é a sua cidade, ele está apenas de passagem, então o fortalezense que se @%*@ “de verde e amarelo”.

O turista esclarecido comunga com a opinião de quem acha que “aquilo” é uma vergonha para a quinta capital do país.

Entra governo e sai governo e ninguém tem coragem de varrer aquela imundice para bem longe da beira-mar.

Muito pelo contrário, antes “aquilo” ficava concentrado apenas nas imediações do Clube Náutico, agora já se formam mais dois pólos de muambeiros, um próximo das “peixadas” e outro no aterro da praia de Iracema.

Paulo Rocha

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