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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Poesia 09

O Ipu que eu vejo





Malu Mourão

Tristonha vejo a nossa gigante Ibiapaba,
Soltar sua cascata em triste véu de lágrima,
Num choro sentido de ver o filho Ipuçaba,
Que antes era de prata, agora é de lama.

Pois o riacho que um dia foi nossa vaidade,
Tem a sua água límpida hoje estagnada,
Que escassa e tímida só sente a saudade,
Do canavial verde que agora não é nada.

No meu peito sinto uma dor de decepção,
Quando observo o humilde e esfacelado,
Rebotalho da antiga e garbosa estação.

Da minha alma escuto uma voz que me diz:
Nunca te esqueça de teu Ipu do passado,
Faz de conta que escutas o relógio da Matriz.

Ipu-Ce

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