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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Poesia - 22 Corrinha, minha prima - Tatais

Corrinha, minha prima !


Tatais, 25.07.05, Fortaleza.

Não creio. Não! Não é possível. Creio.
E já descreio. Desconfio e choro.
Não rezo mais. E me maldigo. E oro
Deixando a reza mal rezada ao meio.

Prima Corrinha, de onde a morte veio?
Só em pensar surpreso me apavoro.
Volto a entender, mas nisso não demoro,
De fé repleto, logo falto. E cheio.

Vi tua infância muito além da Mina
Pelas encostas, mangueirais, campinas,
Ladeiras, cumes, velho São Mateus!

Vai prá Titia, junto dela fica
Sobrevoando por um tempo a Bica
enquanto dura o temporário adeus.

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