Data: | 10/01/2010 | |
Nome: | RICARDO MARTINS ARAGÃO | |
E-mail: | ricardo.boris@gmail.com | |
Assunto: | "SHOP CHÃO" | |
O assunto é controverso... há muito! Mas reincide, sempre: “Shop Chão”. O que penso sobre o “Shop Chão”: Pontos positivos: - EMPREGOS: não há dúvidas que a demanda de emprego aumentou com o advento do “Shop Chão” em nossa cidade. Concordo com o professor Mourão: vigias, eletricistas, vendedores, armadores de barracas, comerciantes locais... é fato, têm o seu ganha-pão acrescido nos dias de feita. - ACESSIBILIDADE: não há dúvidas que a capacidade de compra de famílias de baixa renda aumentou – e muito – com as facilidades e preços baixos do “Shop Chão”. Isso é ótimo! Quem não gosta de ter condições de comprar uma roupa nova pro filhinho? Este - no meu ponto de vista - é o maior ponto positivo dessa feira em Ipu. Pontos negativos: - OBSTRUÇÃO DO CENTRO DA CIDADE, mais precisamente a praça da estação – futuro largo da biblioteca pública – que, embora por apenas dois dias por semana (quinta e sexta) atrapalhava sobremaneira o tráfego em, pelo menos, quinze quarteirõres daquela região. Imagine – você que defende a feira no centro – se morasse em alguma casa no meio dela? Defenderia a permanência daquele aglomerado de barracas, barulho, fedentina e até pequenos furtos defronte à porta de sua casa?! E o pior, sem ter o direito de tirar (ou botar) o seu carro ou moto na sua garagem por, simplesmente não ter acesso à sua própria casa?! Pra quem critica e que mora longe, é muito fácil. More lá pra ver uma coisa! Mais precisamente nas ruas Vereador Francisco das Chagas Farias, Padre Corrêa, Coronel Félix, Major Liberalino, Coronel Pedro Aragão, Gonçalo Soares, Dr. Milton Pinto, Emídio Barbosa ou Coronel José Aragão, considerando os quarteirões entre as ruas Padre Mororó e Major Antonio do Vale!!! Felizmente moro longe, mas minha sogra tem uma casa próximo e sei como é. Apesar dos garis limparem a sujeira antes do sábado, fica, por toda a semana, o mal-cheiro do lixo e, principalmente, da urina daqueles que se abancam naquelas ruas próximas nos dias de feira. É horrível! - CRIMINALIDADE: apesar de haver incidência de roubos e furtos em qualquer ponto da cidade de Ipu, inclusive no Alto dos Catorze (para onde foi a feira), o índice desse tipo de crime na região do “Shop Chão” nos dias de feira é indiscutível. Os ladrões e trombadinhas fazem a festa nos dias de feira! - DIVIDENDOS AO MUNICÍPIO: até hoje, smj, o cidadão ipuense não tem conhecimento do LUCRO LÍQUIDO do “Shop Chão”. Não há transparência na aplicação de qualquer recurso advindo daquele arraial. Se há cobrança de impostos, não se sabe o montante e muito menos a aplicação desse recurso (nesta e noutras administrações). Se há lucro é relativo, não se contabilizando os custos - inclusive imateriais - para a população em geral, que suporta aquela feira no meio da cidade. - TRÂNSITO: o centro da cidade fica intransitável a partir da quinta à tarde (quando as barracas começam a ser montadas) até o sábado. Não bastassem as tantas ruas (citadas acima) ficarem obstruídas, o trânsito nos demais logradouros do centro da cidade fica um verdadeiro caos. É praticamente impossível se estacionar por ali, ainda mais agora, que a prefeitura tornou “estacionamento privativo” um espaço que era muito utilizado para estacionamento público nos dias de grande movimento (entre a praça da Iracema e o prédio da prefeitura). Quem conhece o centro de Ipu nos dias de feira sabe: na Av. Cel. Félix, obstruída da Pe. Mororó até a estação pelo “Shop Chão”, só é permitido estacionar do lado norte, pois do lado da Praça de Iracema, prefeitura e Banco do Brasil é proibido estacionar. Na Rua Mj. Liberalino, o estacionamento só é permitido do lado Sul, pois ao lado da Praça Iracema, é o local das D-20’s e Vans para a serra e Sobral. Na Pe. Mororó, não dá pra estacionar nem de um lado nem de outro, exceto a partir da Cel. Félix em direção ao bairro da Caixa D’água, mesmo assim apertadíssimo. Em torno do mercado, nem pensar! Cel. Pedro Aragão (Rua da Goela), impossível, pois praticamente só cabe um carro por vez, e quando não tem caminhão defronte ao Wolga. Rua Antonio Martins não dá, pois é sentido único de quem tenta “atravessar” a cidade vindo da Varjota para Graraciaba e Ipueiras... E por aí vai. Enfim, vá de carro ao centro na sexta de manhã e tente estacionar nesses pontos. Depois me diga o resultado. Considerações sobre a mudança do local da feira: Será que a mudança do centro para o Alto dos Catorze é tão ruim assim?! Será que os empregos deixarão de existir somente por causa disto?! E os NOVOS EMPREGOS, principalmente de taxistas e moto-taxistas que ganharão mais levando e trazendo gente até o Alto dos 14, não contam?! Será que algumas pessoas não estão fazendo tempestade em copo d’água por uma simples mudança de local da feira?! Até que ponto os feirantes (em sua maioria, de fora do Ipu) têm seus direitos em detrimento do direito dos cidadãos ipuenses que se sentem prejudicados com a feira tomando grande parte do centro da cidade?! Por fim, considerando as razões elencadas acima, acredito ter sido uma medida positiva levar a feira para fora do centro. Evidentemente que a prefeitura deve dar o suporte necessário para a acomodação dos feirantes e usuários no novo local que, embora seja grande, não parece suficiente para acomodar a imensidão do “Shop Chão”. Alguns feirantes encontram-se insatisfeitos e tentam coibir o poder público a retroceder. Podem até estarem certos em defenderem seus pontos de vista, mas será que não estão sendo egoístas, pensando apenas em suas comodidades e lucros? Ricardo Aragão |
A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.
A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI FÉ RENTE
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domingo, 10 de janeiro de 2010
Shop-chão
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