Não entendo o porquê das pessoas insistirem em rachar a feira entre Ipu e Varjota, como vemos noutros meios de informação de nossa cidade e até aqui, neste Livro de Visitas, como nas mensagens do conterrâneo Paulo Torquato. Acho mesmo que o Guto está certo quando afirma que as duas cidades devem ter a sua feira, cada qual com suas peculiaridades, estruturas, público e também com seus problemas.
Todavia, para não ser sectário e não me deixar levar pelo senso comum ou por qualquer ranço político-partidário (infelizmente no Ipu tudo descamba pra esse lado nefasto), bencomo para poder falar COM PROPRIEDADE sobre o assunto, resolvi conhecer in loco as duas feiras:
FEIRA EM VARJOTA
Na semana passada, visitei a feira de Varjota e o que vi passa longe de se comparar com o movimento do Ipu, não apenas no volume da feira, mas também nos quesitos estrutura, localização, segurança, etc. Por uma questão de ética, não vou aqui ressaltar os pontos negativos da feira na vizinha cidade, até porque, ao que me parece, há boa vontade em tentar acertar. Mas tomara que melhorem as condições daquela feira, pois da forma como vi, concorrências à parte, não há comparação com o que o Ipu oferece hoje, no Grêmio Ipuense.
Sem hipocrisia, tomara mesmo que o movimento da vizinha cidade evolua, pois temos que pensar no progresso de forma abrangente e não apenas restrito ao êxito de uma única cidade. A visão deve ser de toda a região sócio-econômica e geográfica na qual estão inseridas as cidades de Ipu, Varjota, Reriutaba, Pires Ferreira, Pacujá, Graça, Mucambo, Cariré e cidades serranas. Portanto, torço pelo sucesso também de Varjota, mas com um mínimo de condições de proporcionar dignidade aos feirantes e aos consumidores. O que ainda não é o caso, pelo menos no meu ponto de vista.
FEIRA EM IPU
Na noite de ontem (quinta, 28), foi a vez de visitar o NOVO “Shop Chão” no Alto dos Catorze, ou, como já estão falando, o “ALTO SHOP” ou “SHOP SHOW”.
Aspectos Gerais:
O que vi foi uma estrutura mais que apropriada para um evento daquela magnitude: um local enorme, murado, bem iluminado, com estrutura de banheiros, bares, restaurantes, barraca de comidas típicas, segurança e até um palco para show musicais. Ou seja, algo pelo menos mais parecido com um shopping mesmo: com direito a Praça de Alimentação e Show ao Vivo.
Segurança e Trânsito:
Chamou-me a atenção essa questão, pois havia policiais militares, guardas municipais e seguranças particulares tanto do lado de fora quanto do lado de dentro do clube. No estacionamento, guardas de trânsito organizavam os locais para ônibus, carros e motos estacionarem em locais apropriados.
A propósito, duas sugestões aos administradores da feira do Ipu neste quesito:
a) AMPLICAÇÃO DA ÁREA DE ESTACIONAMENTO: a área para estacionamento precisa ser ampliada URGENTEMENTE, pois, apesar do amplo espaço, ontem não havia mais vagas nas proximidades do Grêmio para estacionar, e diversos carros e ônibus já estavam sendo estacionandos nos pátios dos postos de combustíveis vizinhos (parecia um dia de grande festa no Grêmio Ipuense);
b) AMBULÂNCIA: a permanência de pelo menos uma ambulância do lado de fora do clube para eventuais emergências, pois, pelo menos na noite de ontem, vi apenas viaturas da Polícia Militar e Guarda Municipal.
Iluminação:
Parecia dia! Diversos refletores de grande potência voltados para todas as direções não deixaram a desejar em iluminação. De longe, com a umidade da noite, via-se apenas um grande clarão em direção ao Grêmio Ipuense, lembrando um estádio de futebol em noite de clássico, visto de longe. Nota dez para este quesito!
Entretenimento:
Música ao vivo - Por falar em festa, a feira do Ipu não deixa muito a desejar a eventos do tipo, pois enquanto o comércio é feito nas barracas, no palco do clube rola MÚSICA AO VIVO com artistas da terrinha. Ontem foi a vez do grupo Choro Feliz animar os feirantes e público em geral com belíssimos chorinhos. Contaram-me que na semana passada a feira foi animada pelo artista André Luiz.
Ponto de Encontro - Pelo jeito, está nascendo uma nova atração em Ipu. Se em Fortaleza tem-se a “Quinta do Carangueijo”, no Ipu está surgindo a “QUINTA DA FEIRA”, pois pude observar em minha “exploração” aos bares e restaurantes do local, diversas rodas de mesas com famílias e muitos amigos, tomando uma geladinha enquanto as mulheres faziam suas compras. Enquanto isso, diversas crianças faziam a festa, brincando nas amplas áreas, sobretudo no restaurante do clube, situado próximo ao portão de entrada. Saí dali com a sensação de que “a moda vai pegar” e as noites de quinta-feria não terão mais o marasmo de sempre.
Praça de Alimentação:
É uma atração à parte (principalmente para admiradores de um bom prato, como eu), a PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO da feira de Ipu, tanto nos bares do grêmio, quanto nas barracas ao longo de toda a extensão do clube - margeando uma passarela de quase 300 metros - com grande variedades de comidas e bebidas (churrasco, cozidos, sanduíche, pipoca, panelada, vatapá, tapioca, etc).
Não nego, me aboletei num desses quiosques, juntamente com o resto da família e alguns amigos e, enquanto uns faziam compras, outros, como eu, degustavam um delicioso filé trinchado com uma “lorinha” bem gelada. Sei não... acho que vou virar freguês da “Quinta da Feira”!
Prosperidade:
Nova Vida ao Alto dos 14 - Não apenas dentro do Grêmio Ipuense, onde acontece a feira de Ipu, mas em todo o seu entorno, é notório o grande movimento nos comércios daquele bairro, principalmente ao longo da Boulevard Sebastião Carlos (avenida principal – saída para a serra). Sem dúvida alguma, o advento da feira no Alto dos Catorze alavancará sobremaneira o movimento do comércio no nosso bairro mais populoso!
Considerações Finais:
Por fim, apesar de não estarmos livres das mazelas inerentes a um grandioso movimento como o dessa feira em Ipu, reafirmo minha avaliação POSITIVA não apenas da mudança da feira para o Alto dos Catorze, desobstruindo o centro da cidade. Mas, principalmente, a mudança para um local mais que apropriado para um evento desse tamanho e que – não tenho dúvida – continuará crescendo.
Àqueles feirantes que, por razões diversas, resolveram mudar suas barracas para a feira de Varjota, desejo muito boa sorte e espero que a prefeita daquela cidade dê melhores condições para o efetivo crescimento daquela feira. Mas, tenho a impressão de que esses feirantes que deixaram a feira do Ipu perderam seus lugares para outros tantos que chegaram. Como diria minha avó: “Quem vai no vento, perde o assento!”.
Tenho a lamentar, contudo, que, infelizmente, alguns ipuenses procurem ver questões meramente partidárias nesse assunto, deixando os interesses do Ipu em segundo ou terceiro planos.
O QUE É BOM PRO IPU É BOM PRO IPUENSE QUE AMA O IPU! Portanto, fica a minha torcida de que, agora, com a efetiva organização do “Shop Chão”, “Alto Shop”, “Shop Show”, ou seja lá qual nome derem à NOVA FEIRA DO IPU, os pontos negativos de um evento desse, sobretudo nas áreas da segurança e saúde pública, sejam melhor observados e definitivamente minimizados ou, quem sabe, abolidos.
É o que penso PELO QUE VI e não pelo que ouvi.
Ricardo Aragão
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