Agenda de Viagem | |
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Eu que à margem viví
não sei como aquilatar
aos qu deveras viveram
o que sentem a expiar.
Do tempo,mais dura ação
Quanta falta de desvêlo
Deposto ao nosso lugar
é de cortar coração.
Fiquei alí perguntando,
mais veio interrogação
E aquela gente que tinha?
E o velho paredão?
Esperando pelo HORÁRIO
Sem ver o povo passar
Fui até a Estação
Saber o que tinha lá.
Tirei a foto e partí
me remetendo ao passado
Tentei vislumbrar direito:
Será que estou enganado?!
Stava tudo abandonado
No mais cruel dos dedens,
Não escutei a sineta,
Dizendo que vinha trem.
Não escutei nenhum grito
dos carreteiros apressados
juro que fiquei aflito
Que lugar ´mal assombrado.
Fiquei alí indagando
A Deus o que aconteceu
Iplorei ao Martir Santo
Mais sorte pro povo meu.
Como o sol estava quente
procurei me abrigar
Foi aí que me lembrei
Da casa do Seu Vicente.
Havia uma árvore por lá,
A casa estava no chão
Daquela só tinha o tronco
Da outra a recordação.
Saí dalí desolado
Ao Beco da Beínha,
Só tava lá um pedaço,
das duas muralhas que tinha.
Perguntei pelo riacho,
A um pacato cidadão.
Diz-me ele: Eu acho
ue se mudou pro sertão.
Da casa da Dona Nelsa,
Que tanto marcara era,
Saudade me deu à bessa,
A casa virou tapera.
Vixi! cadê o quiosque?
E o velho oitizeiro,
Tava todo pripinado,
meteram foice, machado.
Depois rumei para bica,
que é coisa de lá do céu
Ví pouca gente bonita
Tomendo banho a pincel.
Só sei falar do passado ,
o futuro a Deus pertence
mas deixa preocupado,
olhando nosso presente.
Acorda gente! Repara,
Há lugares diferentes,
Preservam o seu passado
Vivem melhor o presente.
afai-artigos-poesia-p6
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