A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.

[ Portal do "AS" - esprema AQUI ]

A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI RENTE
>

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ipuçaba

Data: 20/10/2007
Nome: Iramar
E-mail: proerdiramar@yahoo.com.br
Assunto: Morte da Bica

Meus irmãos;
É com profundo pesar, que anuncio a morte cerebral de um amigo, de um companheiro, de um profundo idealizador da cidade Ipu.

Por alguns instantes, poucos viram, mas muitos sentirão a morte do riacho ipuçaba.

No dia 18 deste, o desolamento para aqueles que olhavam e sentiam dor com a falta d’agua na bica era visível. Por alguns instantes, o coração do riacho Ipuçaba deixou de bater. Por alguns instantes, foi declarado, mesmo informalmente a morte do riacho Ipuçaba.

Estava morto. Voltou a viver. Milagre? Não sei. Mas digo sem medo; é só um prenúncio.

Podem ter certeza, meus amigos. Poucos na cidade estão velando por aquele que está no leito de morte.

É muito bonito professar poemas para a Bica. Mas que Bica? Eu ainda conhecí. Talvez minha filha também o vá, mas meus netos, tenho certeza que não.

Eu ví o riacho morrer. aquele mesmo riacho que muito alegrou os dias de domingo de muitos de nós, de nossos amigos, de nossos antepassados.

O riacho está morrendo. E quem está matando? Tenho certeza que mesmo à distância, eu também estou matando, pois sou cúmplice, pois nada faço para que isso não aconteça.

Adeus ao riacho Ipuçaba, adeus à Bica do Ipu. Foi bom enquanto durou. Mas nós não estamos prontos para vivermos em harmonia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário