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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cordel à Dalinha Catunda

INFINITA INSPIRAÇÃO

via blog IPU EM CRÔNICAS

À DALINHA CATUNDA





A cordelista Dalinha,
Poetisa do Sertão,
Com leveza e alegria
Nos anima o coração,
Falando de coisas nossas
Em versos, rimas e prosas
Conta tão bem o sertão!

Já falou de tudo um pouco,
Nas rimas que elaborou
Pra você ter uma idéia
Do que Dalinha contou
Em cada livreto seu
Uma história sucedeu
E ainda não acabou

Ela falou do jumento
Do seu amigo Maurício
Bicho tarado da gota
Parecia até feitiço
Não respeitava nem vaca
Seu destino foi a faca
Tendo fim aquele viço

Noutra história de Dalinha
A do Cabrito Amarelão
Certa vez um elemento
Sem qualquer boa intenção
Passou a mão no cabrito
Mas por Dalinha foi maldito
A prestar contas com o cão

Essa Dalinha não tem jeito
De tudo um pouco contou
Um galo tomou viagra
E a todos estuprou
Mas no fim virou boiola
Preso em sua gaiola
Com outro galo casou

Até receita ela inventa
Jogando verso a granel
Como fazer malassada,
Que é gostoso pra dedel
E também a tapioca
Da cozinha de uma oca
Ela botou no papel

E ainda tem mais coisa
Que por Dalinha é contada
São versos sempre alegres
Rimas bem arrumadas
Sempre mostrando o sertão
E as coisas de nosso chão
Com harmonia narradas

Parabéns, Dalinha Catunda
Que também é Aragão
Deus te conserve assim
Com tamanha inspiração
Seja sempre bem feliz
De seu afilhado aprendiz
Ricardo Martins Aragão


Ricardo Aragão
07.01.2010

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