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Tobias Marques Sampaio Silenciosa segue a noite Enquanto a saudade bate; Os caminhos encurtam-se E se alongam; Becos e vielas se confundem De onde se vê o Cristo, A bica E o paredão de pedras. O firmamento escuro Promete alagar ruas e praças; A sombra das árvores Ou dos prédios tesos Esperam com o abrigo, Mas nenhuma viva alma Circula por sobre o calçamento de pedras toscas. A viola e o seresteiro esbarram na intempérie, Cujo ocaso emudece ambos; A aragem passa lenta E o movimento dos galhos Parecem dançar a valsa da despedida. Agora já de madrugada O primeiro galo canta O jegue relincha, Sem muita demora passos cadenciados Trepidam nas calçadas E o assovio de uma canção triste Confunde-se com o barulho da chuva. Já no patamar da igreja uma bênção E o sino rompe de vez o silêncio. As andorinhas, os morcegos e as mariposas Esvoaçam por sobre o teto gélido E as torres perfiladas Sustentam filetes de luz Em direção à estátua do Cristo Redentor. Só mais tarde surge o sol E expulsa a lua que rastejou a noite Sem mostrar seu brilho e encanto. Se vai ela anônima e perdida, Porém com o intuito de voltar E mais cedo aproveitar a noite Que lhe dar o charme, Embelezando as praças, Os jardins e as flores perfumadas. afai-artigo -poesia p 14 |
A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.
A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI FÉ RENTE
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terça-feira, 9 de março de 2010
Noite Turva em Ipu
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