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sexta-feira, 16 de abril de 2010

AILCA Letras e Ciências

Data: 16/04/2010
Nome: AILCA - DIRETOR DE PUBLICAÇÃO E MARKETING
E-mail: dpmarketing.ailca@gmail.com
Assunto: AILCA Letras

QUEM AMA O IPU CANTA E ENTANTA
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No momento cultural da reunião da Diretoria Avançar, da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, realizada este mês na sede da Academia Cearense de Letras, em Fortaleza, Ceará, a conterrânea Lourdes Mozart recitou “Estação Centenária”. O poema faz parte do seu livro “Poemas Fora de Tempo”, editado em 2009. Nos versos ela cantou a Estação e encantou a plateia. Confira:


“A ESTAÇÃO CENTENÁRIA
Ipu-Ceará (inaugurada em 10.10.1894)

Falar da estação é falar com o coração
é voltar ao tempo,
não qualquer tempo, de tanto,
mais que centenário.
é falar de gente e coisas
parte de sua longa história.
O telégrafo com seu código
levando e trazendo mensagens,
aproximando pessoas,
encurtando distâncias.

Quem não se lembra
do tradicional “kit” viagem,
toalha no pescoço,
galinha caipira torrada
feito farofa, muito gostosa.
Do vagão restaurante
repleto de homens de todas as idades
e de muitas conversas.

Seu Carlito, Seu Isaías,
Seu Raimundo Craveiro,
José Cândido, João Bessa
Romãozinho, Lauro Magalhães.
Antes e depois deles, muitos outros,
todos inseridos no contexto
da mesma história.

Esperar o trem chegar,
era sempre uma festa,
na calçada da minha casa,
bem em frente da estação,
ainda lá, hoje pensão.
Fileiras de cadeiras cativas,
uma rede de tucum na varanda
e uma mesa com café,
todo o povo parava
para ver o trem passar!

Por lá sentaram tantos,
que nem me lembro mais,
os que restaram na memória
dá licença, vou citar:
Auton e Félix Aragão,
Sezinho, seu Lima, seu Janjão,
Tiago Memória, Augusto Passos,
Seu Alfredo da pensão,
às vezes, Seu Bitião
Dr. Barroso, o velho Aderbal
o querido Chico Lão;
menina, corria com medo
pra ele não me beijar.

Por que na roda
não tinha mulher?
Seria discriminação?

Onde estão os humildes carreteiros
que tantas malas pesadas
em suas cabeças carregaram?
São muitas as interrogações.

Não restou ninguém, só a estação
vendida a um comerciante
pra virar lojas de motos. Vejam só!
Hoje em ruínas, ao Patrimônio voltou,
amanhã cheia de vida, cheia de livros.
Que assim seja. Amém!

Tinha um pé de oiticica
como o secular tamarineiro, morreu.
Frondoso, de sombras vastas.
era um ponto exclusivo
de mulheres sempre loiras,
arrumadas, decotes em profusão,
sombrinhas multi-coloridas
vindas das Pedrinhas, apelidadas por
“mulheres de vida livre”
Não era pra ver a banda passar,
era pra ver o trem chegar.

Como tudo mudou,
nem trem existe mais;
quem hoje iria parar
pra ver o trem passar?

Essa velha estação,
faz parte da minha história
e de quantas gerações
que nos trens viajaram,
orgulho dos ipuenses que,
se não a deixaram ser o que era,
que seja transformada
numa Casa do Saber.
Que assim seja! Amém.”

Ethice Reverentia Dignitas
(Ética – Respeito – Dignidade)

João Pereira Mourão, diretor de
publicação e marketing da AILCA,
biênio 2010/2011


Data: 16/04/2010
Nome: AILCA - COMISSÃO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO
E-mail: ailca.cti@gmail.com
Assunto: "o general Newton Cruz disse que o então deputado Paulo Maluf queria que o regime militar MATASSE TANCREDO NEVES"

AILCAciências

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100tenário de TANCREDO NEVES
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Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei, 4 de março de 1910 — São Paulo, 21 de abril de 1985) foi um advogado, empresário e político brasileiro.


Maluf e Tancredo
"A coluna de Janio de Freitas de 13/4 ("Liberdade de ação') relatou que, na entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, o general Newton Cruz disse que o então deputado Paulo Maluf queria que o regime militar matasse Tancredo Neves.
Como até agora o assessor de imprensa de Maluf não se manifestou sobre a gravíssima declaração, pode se presumir que o general pode estar falando a verdade.

Ou seja, o deputado que fez parte da falta de democracia de ontem quer hoje amordaçar o Ministério Público. É igual ao lobo velho: perde o pelo, mas não perde o vício."

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP) Jornal Folha de S.Paulo – PAINEL DO LEITOR
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