" INCONTINÊNCIA VERBAL "

Data: 02/05/2009
Nome: DR.LAMBARI DASILVA P.P.
E-mail: lambari.dasilva@ibest.com.br
Assunto: " INCONTINÊNCIA VERBAL "

02.05.09 02;05 Lula é conhecido por sua tradicional incontinência verbal, se deixa embriagar pela vertigem do palanque, e as impropriedades que tem dito ao longo do tempo, já pertencem ao folclore político brasileiro. Embalado pela eloqüência palanqueira, já declarou que sua mãe nasceu analfabeta, já afirmou que não pode ser um médico que diz ao doente que ele sifu, já beijou a mão de Jader Barbalho, já abençoou Severino Cavalcante, disse que ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética que o PT, e, até chegou a revelar aspectos de sua vida íntima, ao declarar em palanque que "nordestino não nega fogo" e que tinha engravidado D. Marisa já na noite de núpcias.

Tudo isso faz parte da personalidade dele, porém segunda feira, ele cometeu um grande erro ao levar para o palanque a doença da guerrilheira Dilma, pedindo a população que "ore por ela". Lula e PT irão tentar capitalizar ao máximo a luta da ministra Dilma contra o câncer nesses quatro meses de tratamento. Antes Lula tinha dito, "não sei como alguém pode explorar politicamente um problema de saúde", ele fala uma coisa, e faz outra. É a senha para que a campanha política de apoio a candidatura dela à sua sucessão ganhe novos tons emotivos. O PT funciona à base de cálculos políticos o tempo todo. Mesmo diante de uma enfermidade grave, o partido e seus acólitos não conseguem tratar o caso com a parcimônia, a discrição e o decoro que uma situação como esta exige.

O que importa é tão somente o efeito que a enfermidade trará nas eleições de 2010. Depois de Lula, foi a vez de Marco Aurelio Garcia, já calculando que a doença terá efeitos positivos na campanha, e muito provavelmente eu acho, tão logo os médicos declarem a cura, surgirá o discurso da guerreira que enfrenta e vence todos os percalços da vida. É da natureza dos petistas.