Centenário - Figueiras Lima - 1909 - 1965

Data: 21/05/2009
Nome: JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES
E-mail: airton.soares.as@gmail.com
Assunto: PALMATÓRIA: Nasci em 1952. Com 10 anos fomos morar em Fortaleza > Peguei o finzinho da palmatória. Leia o artigo abaixo e saiba o porquê dessas conversas soltas.

UM HOMEM DE SEU TEMPO - CENTENÁRIO

Filgueiras Lima (1909 – 1965) foi pioneiro no Ceará ao adotar pedagogia que ensinava aos alunos SEM APLICAR CASTIGOS muito comuns à época (Foto: Arquivo pessoal)


Filgueiras Lima nasceu há 100 ANOS e uniu poesia e pedagogia em sua trajetória de vida


Poeta, escritor, conferencista, tribuno, professor, pedagogo, o cearense de Lavras da Mangabeira, Filgueiras Lima, foi um homem sintonizado com seu tempo. Como intelectual, deve ter agradecido por nascer, há exatos 100 anos, na data em que se comemora o Dia da Língua Nacional.

Filgueiras, que se destacou na área da educação e cultura, soube unir poesia e pedagogia numa aliança indissolúvel. Autor das obras “Festa de Ritmos” (1932), com a qual obteve “menção honrosa de poesia” da Academia Brasileira de Letras, “Ritmo Essencial” (1944), “Terra da Luz” (1956) e “Mágico e o Tempo” (1965), decifrou as principais angústias existenciais e materiais vividas por seu povo.


SENSIBILIDADE


De acordo com o escritor Milton Dias, foi um homem que sempre se voltou “para os grandes problemas existenciais que afligem a humanidade, identificado, de pensamento e de coração, com os sofrimentos alheios que lhe feriam gravemente a sensibilidade e se refletiam nos seus versos”.

Como pedagogo, atuou na Academia Cearense de Letras, onde ocupava a cadeira nº 21, antes de Antônio Sales e cujo Patrono é José de Alencar, no Instituto do Ceará e na Casa Juvenal Galeno. Também teve grande desempenho no magistério, quando fundou, em 1938, o Instituto Lourenço Filho, hoje Colégio, ao lado de Paulo Sarasate. Lá, permaneceu como diretor durante mais de 25 anos.

Segundo Antônio Filgueiras, filho do escritor, o principal legado do pai diz respeito à área da educação: “Ele foi um pioneiro aqui no Ceará ao adotar uma pedagogia que ensinava aos alunos sem a necessidade de aplicação de castigos”.

Além de atuar no ensino, Filgueiras Lima fundou as Revistas “Educação Nova” e “Fortaleza”, nas quais foi redator, manteve pela estação da Ceará Rádio Clube um programa cultural, intitulado “Arte e Pensamento”, e esteve à frente da Secretaria de Educação e do Conselho de Educação do Ceará.

SÍRIA MAPURUNGA – Diário do Nordeste
Especial para o Caderno 3

Adaptado por Airton Soares