Data: 07/02/2009
Nome: CLÁUDIO CÉSAR MAGALHÃES MARTINS
E-mail: claudiocmartins@msn.com
Assunto: D. Helder, sinal de contradição
Prezado Paulo Rocha e demais ipuenses,
Foi com agradável surpresa que li o artigo de Fr. Aloísio Fragoso, OFM, sob o título à epígrafe. Fui colega do articulista no Seminário Franciscano de Ipuarana, em Lagoa Seca (PB), no final da década de 50. Nessa época, o seminarista Aloísio já se destacava por seus pendores literários. Hoje mora no Convento de Olinda. Após a resignação de D. Helder da Arquidiocese de Olinda e Recife, chegou a ser suspenso de ordens pelo sucessor de D, Helder, D. José Cardoso, que ainda hoje continua na ativa, em Recife. Na verdade, D. Helder foi um sinal de contradição.
Assisti à sua posse como arcebispo, em 1964, como estudante de Filosofia, em Olinda. Um de seus primeiros atos foi mudar-se do palácio episcopal para uma casa modesta. Devido às suas críticas ao regime militar, sofreu terríveis pressões. A mídia sequer tinha permissão para mencionar o seu nome. Hoje, a História lhe faz justiça, reconhecendo nele os méritos de um profeta. Outra lembrança marcante que tenho dele foi o prefácio que elaborou no livro de meu tio Antônio Magalhães Martins (Totó), "Do Outro Lado da Fronteira", no qual este narra sua saga de hanseniano. Como santo que era, D. Helder comoveu-se com a situação terrível vivida por meu tio. Do exposto, concluo que, na verdade, este mundo é muito pequeno.
Cordialmente,
Cláudio César
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