Data: 14/02/2009
Nome: FRANCISCO BALDOMIR
E-mail: fbaldomir@globo.com
Assunto: " Pluviômetro"
Será que chove no Ipú? Cadê o pluviômetro?
À tardinha já dizia que ia chover muito. A ventania no Quadro era de lascar. Relâmpagos misturados com poeira e o tempo fechando pra cima da serra, o trovão rasgando no meio do mundo, transformando tudo em escuridão, botando a meninada pra dentro de casa. Minha casa ficava na esquina do Quadro de quem desce para o Reino de França, visinho a casa do seu Zeca Aragão. Dormia no mesmo quarto eu e meu irmão Jacó Ribeiro, ele 4 anos mais velho que eu.Noite adentro e eu, Jacó, Jacó a lamparina apagou! Vai dormi caramba, deixa de ser medroso. Tô ouvindo um ruído de "piôi de cobra"! Piôi de cobra que nada, era bom que fôsse uma "rasga mortalha" pra tu deixar de ser frouxo. Menino sofre...
No outro dia aquela beleza... a bica cheia, seu Zeca Aragão com aquele vozeirão preparando o gado para tirar o leite e a meninada correndo para o Beco da Beinha pra ver a enchente do Ipuçaba.
Era assim meu Ipú na década de 50.
Cadê o Pluviômetro, "oturidades"?
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