Data: 20/06/2009
Nome: CLÁUDIO CÉSAR MAGALHÃES MARTINS
E-mail: claudiocmartins@msn.com
Assunto: Sobre a reencarnação
Caros internautas,
Sobre alguns comentários favoráveis à doutrina da reencarnação, veiculados neste site, e que é aceita pelo Budismo e pelo Espiritismo, gostaria de transcrever o texto abaixo, de minha autoria, publicado, tempos atrás, no jornal "Diário do Nordeste", sobre a matéria.
Cordialmente,
Cláudio César
REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO
A propósito da carta do leitor João de Mello Brandão neste DN (Ed. de 13.01) sobre o assunto à epígrafe, surpreendeu-me a virulência contida na matéria contra aqueles que não acreditam na reencarnação. São tachados de “pessoas pouco evoluídas” e que possuem a “mentalidade dos povos medievais”. Ignora, talvez, o missivista que a doutrina da reencarnação precede o próprio Cristianismo. Buda, que viveu no séc. VI antes de Cristo, já a admitia, assim como outras seitas da Índia. O que desejo indagar do Sr. Brandão é apenas o seguinte: 1) Se a doutrina da reencarnação é tão evidente, por que ilustres cientistas e sábios (entre os quais cito Isaac Newton e Albert Einstein) não a encamparam ? 2) Por que 100% das pessoas “reencarnadas” não guardam a mínima lembrança de suas vidas anteriores ? Pode alguém assumir responsabilidade por atos cometidos numa vida anterior quando não tem a mínima consciência de tais atos ?
Ora, assumir responsabilidade pressupõe consciência: do contrário, tal exigência seria uma injustiça. 3) Como explicar o crescimento demográfico da humanidade, pois, há 20 anos atrás, a Terra tinha cerca de 5 bilhões de habitantes e hoje possui mais de 6 bilhões? Admitindo que as pessoas humanas, hoje vivendo, são almas que já viveram uma ou várias vezes em outros corpos e hoje reencarnaram em novos corpos, temos agora encarnadas número superior a 1 bilhão de almas. De onde vêm essas almas a mais ? Se há 20 anos havia 5 bilhões de almas prontas para reencarnar após a morte do seu corpo, então deveríamos hoje ter de novo 5 bilhões de corpos, nos quais essas almas reencarnaram. Mas temos mais de 6 bilhões ! Como vê o leitor, o assunto é complexo e não tão evidente quanto possa parecer. Respeito profundamente a crença do missivista, mas nem por isso sou obrigado a aceitá-la. Denominar “pouco evoluído” e “medieval” a quem não acredita em suas crenças representa, a meu ver, uma mentalidade semelhante à dos fundamentalistas islâmicos, para os quais quem não professa a sua fé é um “infiel” e, como tal, não merece viver.
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