Data: 21/06/2009
Nome: DR. LAMBARI DASILVA P.P.
E-mail: lambari.dasilva@ibest.com.br
Assunto: " ESCRÚPULOS, PARA QUÊ "?
Nada melhor do que o discurso de José Sarney e a fala de Lula para se ter a verdadeira ideia de como funciona a mentalidade dos "representantes do povo", com raras exceções.
Tudo que já sabemos sobre, filiologismo, hipocrisia, cinismo, e etcétera e tal, mas também a crença de que são incomuns, e estão acima de qualquer julgamento.
No fundo, eles acreditam que estão acima do bem e do mal. Daí a certeza de que o preceito básico da democracia de que todos os cidadãos são iguais perante a lei só deve valer para nós, povo, não para eles, candidatos a figurar como nobres personalidades. Coube ao Grande Lula oficializar esse princípio na sua entrevista no Cazaquistão.
Vejam a diferença: Carlos Drummond de Andrade, Poeta extraordinário, se orgulhava de ser um "homem comum". Já Lula decidiu que José Sarney não pode ser tratado como uma "pessoa comum" por causa de sua história, uma história que nem sempre foi respeitada pelo próprio Lula, que chegou a xingar o então adversário, quando presidente da República, de "grileiro" e de "grande ladrão", perto do qual "Adhemar de Barros e Paulo Maluf são trombadinhas".
Também Sarney se considera fora do comum e por isso, não se conforma com a "injustiça do país" em julgá-lo. "De quais fatos estou sendo acusado?", se surpreende, como se nepotismo e auxílio moradia indevido fossem direitos naturais.
Afinal o país lhe deve "tantos serviços prestados". Para ele, os seus nove parentes empregados no Senado, os dez mil funcionários para 81 senadores, os escândalos que se sucedem, que vão do pagamento de horas extras durante o recesso até os quase mil decretos secretos, nada justifica a indignação da sociedade, até porque a crise não é dele, mas do Senado. Sarney continua: "Nós não temos nada a ver com isso". "Não sei o que é ato secreto". É um tremendo cara-de-pau.
Lula Tem uma preferência muito particular de fazer política, vem se especializando em casos não éticos e imorais, o Jornal O Estado de São Paulo em editorial ao comentar a posição de Lula defendendo Sarney, escreveu: " O presidente Lula é um político que não tem princípios. Tem fins". Por pragmatismo, que é o nome-fantasia do cinismo, absteve-se de condenar ditaduras como a da Coreia do Norte e defende um ditador como esse Ahmadinejad, que nega o Holocausto e cuja reeleição suspeitas de fraude está levando milhões às ruas em protestos que já causaram 17 mortes. A popularidade interna de Lula lhe conferiram uma arrogância capaz de mardar às favas todos os escrúpulos.
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