Data: 08/03/2009
Nome: CLÁUDIO CÉSAR MAGALHÃES MARTINS
E-mail: claudiocmartins@msn.com
Assunto: Fundamentalismo
Prezado Guto Pontes,
As teses defendidas por Leonardo Boff no que concerne ao fundamentalismo situam-se, a meu ver, no campo do puro idealismo. A Al Qaeda, braço armado do fundamentalismo islâmico, não aceita o estilo de vida ocidental, principalmente o norte-americano e o europeu, pois, segundo uma interpretação ultra-radical do Alcorão, o "modus vivendi" ocidental representa o "Grande Satâ", que deve ser eliminado pela Guerra Santa.
O próprio Papa Bento XVI já afirmou, alto e bom som, que a doutrina de Maomé traz em si o germe da violência. S. Francisco de Assis, citado por Boff, tentou uma aproximação com o sultão Mélek-el-Kámel, tendo-o impressionado vivamente, mas recebeu dele a seguinte resposta aos seus apelos para que se convertesse: "Irmão Francisco, eu de bom grado me converteria à fé de Cristo, mas temo fazê-lo porque, se os meus sarracenos viessem a saber disso, eles me matariam e o mesmo fariam contigo e com teus irmãos." Vê-se, portanto, que existe um fosso profundo entre os desejos de paz propostos pela cultura ocidental e a disposição dos muçulmanos.
Na raiz desse impasse encontra-se o sistema político islâmico, que não separa o Estado da Religião, a exemplo do que ocorre no ocidente. Na minha opinião, o máximo que se poderia conseguir seria uma coexistência pacífica entre as duas civilizações. Entretanto, a intolerância do Islamismo torna isso bastante difícil.
Cordialmente,
Cláudio César
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