A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.

[ Portal do "AS" - esprema AQUI ]

A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI RENTE
>

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AFAILCA Crônicas 32

Data: 19/10/2009
Nome: JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES
E-mail: airton.soares.as@gmail.com
Assunto: Á posteridade

AFAILCA crônicas - 32

"Filhos ilustres" ®

(Autor: Ipu)


FILHOS IPUENSES, peço que me escutem, saibam que estou decepcionado com todos, não percebem a maldade que me causam, sei que iram continuar me maltratando até que venham as conseqüências, não posso fazer nada em minha defesa, mas vou fazer-lhes um pedido, escutem as minhas preces, escutem meu desabafo. Sinto que estou sendo esquecido, sinto-me abandonado não sou feito apenas de prédios e grandes construções. Ainda tenho rios e matas para serem preservadas.

JÁ FUI TERRA DOS TABAJARAS filhos ilustres de meu seio, tempo de águas limpas, minhas matas eram virgens e se ouvia o trinar dos pássaros, mas fui tomado, colonizado e a minha identidade mudada.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

HOJE SOU pai de ipuense, filho desnaturado,
filho que canta sua terra, filho bonito,
mas que às vezes esquece de seu de
seu pai e de tratá-lo com carinho.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

MINHAS MATAS NÃO SÃO LATAS DE LIXO, meus rios não são esgotos, os pássaros não precisam de gaiolas e as queimadas não ajudam no vosso plantio.

NÃO FAÇAM ISSO COMIGO, imaginem quando me deixarem para os seus filhos, em que rio irão pescar com que lápis de cor eles irão me pintar o verde é mais bonito que o cinza e os pássaros são mais divertidos soltos do que trancados em gaiolas, não gosto de ser poluído, gostaria de ser como eu era no tempo de minha juventude, tempo dos lampiões e de filhos que não me batiam, não estou de todo mal, mas “o pior cego é aquele que não quer vê” e por mais cego que o ser humano seja eu peço que me ajudem e não me deixem como presente de grego para seus filhos.

Atenciosamente. Ipu
- - - - - - -

Fonte: site da AFAI- Artigos - Crônicas p.4

Nenhum comentário:

Postar um comentário