Data: | 28/08/2009 | |
Nome: | Tomio de Novaes | |
E-mail: | tomio1@ig.com.br | |
Assunto: | ilha da fantasia | |
É razoável imaginar Brasília como a ilha da fantasia, e vejam morei 18 anos lá, e todo ano retorno para visitar meus pais. Por trás da promiscuidade que devasta os três poderes está a gênese do mal que assola o Brasil: Brasília. Uma capital fruto do delírio político; desnecessária, cara, isolada do mundo real, voltada para si e de costas para o país. Ali, mergulhados em benefícios que criam à revelia e às custas do Brasil digno e trabalhador, nada acontece, e o que é pior, também não deixam o Brasil acontecer: precisamos de um lugar real para pensar o Brasil, ao menos legislativamente. A sucessão de escândalos na ilha da fantasia tem caráter genético. Ao transferir a capital da República para o Planalto, o governo JK assegurou uma série de vantagens e mordomias aos funcionários dos três poderes para lá convocados. O tempo encarregou-se de aperfeiçoar tais benesses, embora estivessem mais do que superadas as razões de sua vigência. A banalização no uso do dinheiro público viu-se institucionalizada em Brasília como coisa corriqueira. Hoje a cidade do desperdício custa muito caro a todos nós, e não produz nada: aliás, produz escândalos. E como não há produção de bens, geração de riquezas, outras regiões terão que produzir para que os brasilienses vivam. O Distrito Federal tem 181 mil funcionários públicos, de um total de mais de 1,1 milhão de trabalhadores. Estima-se que os servidores são responsáveis por cerca de 60% da massa salarial da cidade. Brasília tem também um dos custos de vida mais altos do país. Sem a ameaça de desemprego ou de redução de salários, os funcionários públicos continuam consumindo como se a crise não existisse. Essa condição privilegiada sustenta um mercado imobiliário em expansão, cujo metro quadrado é um dos mais altos do país, e movimenta o comércio de automóveis, que em janeiro cresceu 19,29%, contra uma média nacional de apenas 1,63%. Nos últimos três anos, as vendas de veículos em Brasília cresceram 42%. O fato da cidade ser tombada como patrimônio cultural da humanidade reduz ainda mais os espaços nobres disponíveis, e com isso o preço dos imóveis em Brasilia é um absurdo, fica entre R$ 8 mil e R$ 10 mil o metro quadrado e, ainda assim o mercado tem uma demanda reprimida que só faz crescer o custo da moradia para as classes média e alta. O governo do Distrito Federal colocou à venda um terreno de 170 hectares em 2008 no Setor Noroeste, e vendeu 90% dos lotes em poucas horas. Em 2008 o setor imobiliário cresceu 25% em Brasília, quase o dobro do crescimento em São Paulo (13,6%). E a expectativa de crescimento para 2009 é de 20%, mesmo com a crise.Que crise? Como pode uma cidade administrativa, com tanto poder de compra? Infelizmente tenho que trabalhar, para o meu sustento, e para pagar meus imposto, caso contrário como os brasilienses sustentarão seu consumo? Até breve. |
A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.
A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI FÉ RENTE
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Brasília - ilha da fantasia
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