A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.

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A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI RENTE
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sexta-feira, 6 de março de 2009

UMA SENHORA APRESENTAÇÃO de Olívio Martins

Data: 05/03/2009
Nome: FRANCISCO PAULO ROCHA DE OLIVEIRA
E-mail: paulurocha@uol.com.br
Assunto: Data: 05/03/2009
Nome: FRANCISCO PAULO ROCHA DE OLIVEIRA
E-mail: paulurocha@uol.com.br
Assunto: UMA SENHORA APRESENTAÇÃO.

Caros e Caras,

Recebi por e-mail a apresentação que o "MM" Olívio Martins fez do livro "IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO" do amigão J.P.Mourão, acontecido no último sábado (28.02) no Ipu.

Brilhante, meu caro OM!
Sem a sua autorização, peço licença para divulgá-la.

abraço,

Paulo Rocha

abre aspas

"Ao ser convidado pelo colega da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, João Mourão, para apresentar seu livro – o que muito me honrou – indaguei-lhe se essa apresentação seria para integrar o livro em tela ou apenas para ser feita no dia do lançamento ao público ledor.

Eram as duas, pois o autor queria que a apresentação, em integrando o livro, ficasse junto com este para sempre, pois, como já diziam os romanos há mais de dois mil anos, “Verba volant, scripta manent”, ou seja, “as palavras voam, a escrita permanece”.

Neste caso, o compromisso é maior, pois a apresentação verbal é passageira, esquecida dentro de pouco tempo.

Para ser breve, como recomenda o bom senso nessas ocasiões, não vou fazer um panegírico a João Pereira Mourão.

Não vou, portanto, falar do militar da reserva, do poeta, do cronista, do jornalista, do acadêmico, do escritor e do empresário bem sucedido para quem a vida é um dever a ser cumprido a todo custo. Quero tão-somente ater-me ao livro, em boa hora lançado aos amantes da leitura.

A ipuensidade do livro IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO, admirável e indiscutível em mil de seus aspectos, revela o amor que o autor nutre pela terra natal. É um livro lídima e genuinamente ipuense.

De ipuenses são também a capa, as orelhas e a apresentação, bem assim a editora. O conteúdo é tipicamente ipuense.

É um dilúvio de ipuensidade.

Quando o homem entra na chamada, eufemisticamente, terceira idade, sente inevitável o desejo de, no dizer de Machado de Assis, atar as duas pontas da vida. Ele quer ligar a maturidade à sua infância e à sua adolescência.

Foi isso o que percebi na obra IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO (Reminiscências) do conterrâneo João Mourão. São textos selecionados, escritos no período de 1967 até 2008.

João Mourão, com seu acendrado amor a Ipu, quis cantar seu torrão natal como o fez o poeta Casimiro de Abreu no poema Minha Terra, cuja primeira estrofe vai aqui reproduzida:

“Todos cantam sua terra,

Também vou cantar a minha,

Nas débeis cordas da Lira

Hei de fazê-la rainha;

Hei de dar-lhe a realeza

Nesse trono de beleza

Em que a mão da natureza

Esmerou-se em quanto tinha”.



E o autor encontrou motivos vários e razões suficientes para essa empreitada ao longo de dez lustros.

Nessa narrativa histórica aborda diversos aspectos da vida da cidade, sua memória, seus personagens, praças e ruas, filhos ilustres, lendas, mitos, ícones, problemas pertinentes e perspectivas para o futuro.

Vou referir-me aqui apenas a alguns desses aspectos para não subtrair ao leitor a ânsia e a curiosidade de ler o livro de um só fôlego.

Ipu precisava falar é o ponto de partida do trabalho em lide, enfocando a necessidade de Ipu ter um porta-voz na imprensa cearense, já que os órgãos locais de divulgação anteriores tinham desaparecido ao longo do tempo.

E isto se consubstanciou na coluna BICADAS DO IPU, no jornal O POVO, de Fortaleza, a cargo do autor.

A política, no município, é retratada com a posse, como prefeito de Ipu, do Dr. Rocha Aguiar, em 1967, que, durante sua administração, concluiu a Avenida da Municipalidade, antiga Rua do Papoco, posto que ela havia sido alargada na administração de Abdias Martins de Sousa Torres.

A propósito do nome dessa imponente avenida, disse-me o Dr. Rocha que a denominação Avenida da Municipalidade era uma homenagem a todos os prefeitos de Ipu, os que o foram e os que viessem a sê-lo.

Foi, sem dúvida, uma ideia brilhante, consequente e justa. Somente para registro, naquele importante logradouro moraram os prefeitos de Ipu: Francisco Martins de Pinho, Abdias Martins de Sousa Torres, Zeferino Capistrano de Castro, Francisco Rocha Aguiar, Antonieta Aguiar e Simão Martins de Sousa Torres.

Um túmulo para a Mãe Ruiva foi uma forte e comovente reivindicação para fazer justiça a uma pessoa especial de Ipu que foi parteira de uma geração de mulheres que receberam seus filhos de suas santas mãos numa época em que a cidade não tinha ainda hospital especializado.

A construção da Praça Delmiro Gouveia foi marco de embelezamento de nossa urbe em homenagem ao grande empresário ipuense, nascido na Fazenda Boa Vista, que fez história em Pernambuco e em Alagoas, pioneiro de Paulo Afonso, cuja memória foi lembrada pelos escritores J.C. Alencar Araripe ( A Glória de um Pioneiro), Tadeu Rocha (Delmiro Gouveia – O Pioneiro de Paulo Afonso) e Francisco Magalhães Martins (Delmiro Gouveia – Pioneiro e Nacionalista), este último nosso conterrâneo.

A Bica do Ipu, ícone maior de nossa terra, também foi abordada no trabalho sob apreciação. Trata-se, indubitavelmente, de uma das Sete Maravilhas do Nordeste e quiçá do Brasil.

De uma beleza encantadora e estonteante, quem a vê de perto, absorto em seus pensamentos a contemplá-la, certamente dirá como o poeta latino Virgílio – O Cisne de Mântua – “Deus nobis haec otia fecit”, isto é, “Deus nos concedeu este descanso”.

E, por último, reporta-se à denominação de Francisco da Silva Mourão dada ao Mercado Público de Ipu em função de projeto aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pela então prefeita Maria do Socorro Pereira Torres.

Trata-se de uma justa homenagem ao Sr. Francisco Mourão pelos relevantes serviços prestados à comunidade ipuense. Homem respeitado e admirado por todos os conterrâneos - que nele viam uma pessoa de caráter ilibado - transmitiu aos filhos seus nobres e sólidos princípios éticos e morais.

O “pater familias” Francisco da Silva Mourão faria hoje 102 anos se entre nós fisicamente estivesse, pois vivo está em nossa memória.

Alguns temas tratados neste livro, embora tenham sido abordados há décadas, são na realidade bem atuais. Também é de destacar a linguagem precisa, concisa e escorreita que permeia todo o livro.

Este não será o único trabalho do confrade da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, João Mourão. Outros virão, com certeza, pois sua mente é fértil e está pronta para receber a boa semente da escrita.

Como nos velhos tempos da Força Aérea Brasileira, só resta dizer: “Em frente, Mourão”!

Ao encerrar essas considerações, cabe-me comunicar-lhes, Senhoras e Senhores, que o banquete literário está posto à mesa com as iguarias típicas de Ipu.

Sirvam-se à vontade!

Muito obrigado!

Olívio Martins de Souza Torres
Ipu, 28 de fevereiro de 2009"
fecha aspas.
Caros e Caras,

Recebi por e-mail a apresentação que o "MM" Olívio Martins fez do livro "IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO" do amigão J.P.Mourão, acontecido no último sábado (28.02) no Ipu.

Brilhante, meu caro OM!
Sem a sua autorização, peço licença para divulgá-la.

abraço,

Paulo Rocha

abre aspas

"Ao ser convidado pelo colega da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, João Mourão, para apresentar seu livro – o que muito me honrou – indaguei-lhe se essa apresentação seria para integrar o livro em tela ou apenas para ser feita no dia do lançamento ao público ledor.

Eram as duas, pois o autor queria que a apresentação, em integrando o livro, ficasse junto com este para sempre, pois, como já diziam os romanos há mais de dois mil anos, “Verba volant, scripta manent”, ou seja, “as palavras voam, a escrita permanece”.

Neste caso, o compromisso é maior, pois a apresentação verbal é passageira, esquecida dentro de pouco tempo.

Para ser breve, como recomenda o bom senso nessas ocasiões, não vou fazer um panegírico a João Pereira Mourão.

Não vou, portanto, falar do militar da reserva, do poeta, do cronista, do jornalista, do acadêmico, do escritor e do empresário bem sucedido para quem a vida é um dever a ser cumprido a todo custo. Quero tão-somente ater-me ao livro, em boa hora lançado aos amantes da leitura.

A ipuensidade do livro IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO, admirável e indiscutível em mil de seus aspectos, revela o amor que o autor nutre pela terra natal. É um livro lídima e genuinamente ipuense.

De ipuenses são também a capa, as orelhas e a apresentação, bem assim a editora. O conteúdo é tipicamente ipuense.

É um dilúvio de ipuensidade.

Quando o homem entra na chamada, eufemisticamente, terceira idade, sente inevitável o desejo de, no dizer de Machado de Assis, atar as duas pontas da vida. Ele quer ligar a maturidade à sua infância e à sua adolescência.

Foi isso o que percebi na obra IPU – DOS JORNAIS PARA O LIVRO (Reminiscências) do conterrâneo João Mourão. São textos selecionados, escritos no período de 1967 até 2008.

João Mourão, com seu acendrado amor a Ipu, quis cantar seu torrão natal como o fez o poeta Casimiro de Abreu no poema Minha Terra, cuja primeira estrofe vai aqui reproduzida:

“Todos cantam sua terra,

Também vou cantar a minha,

Nas débeis cordas da Lira

Hei de fazê-la rainha;

Hei de dar-lhe a realeza

Nesse trono de beleza

Em que a mão da natureza

Esmerou-se em quanto tinha”.



E o autor encontrou motivos vários e razões suficientes para essa empreitada ao longo de dez lustros.

Nessa narrativa histórica aborda diversos aspectos da vida da cidade, sua memória, seus personagens, praças e ruas, filhos ilustres, lendas, mitos, ícones, problemas pertinentes e perspectivas para o futuro.

Vou referir-me aqui apenas a alguns desses aspectos para não subtrair ao leitor a ânsia e a curiosidade de ler o livro de um só fôlego.

Ipu precisava falar é o ponto de partida do trabalho em lide, enfocando a necessidade de Ipu ter um porta-voz na imprensa cearense, já que os órgãos locais de divulgação anteriores tinham desaparecido ao longo do tempo.

E isto se consubstanciou na coluna BICADAS DO IPU, no jornal O POVO, de Fortaleza, a cargo do autor.

A política, no município, é retratada com a posse, como prefeito de Ipu, do Dr. Rocha Aguiar, em 1967, que, durante sua administração, concluiu a Avenida da Municipalidade, antiga Rua do Papoco, posto que ela havia sido alargada na administração de Abdias Martins de Sousa Torres.

A propósito do nome dessa imponente avenida, disse-me o Dr. Rocha que a denominação Avenida da Municipalidade era uma homenagem a todos os prefeitos de Ipu, os que o foram e os que viessem a sê-lo.

Foi, sem dúvida, uma ideia brilhante, consequente e justa. Somente para registro, naquele importante logradouro moraram os prefeitos de Ipu: Francisco Martins de Pinho, Abdias Martins de Sousa Torres, Zeferino Capistrano de Castro, Francisco Rocha Aguiar, Antonieta Aguiar e Simão Martins de Sousa Torres.

Um túmulo para a Mãe Ruiva foi uma forte e comovente reivindicação para fazer justiça a uma pessoa especial de Ipu que foi parteira de uma geração de mulheres que receberam seus filhos de suas santas mãos numa época em que a cidade não tinha ainda hospital especializado.

A construção da Praça Delmiro Gouveia foi marco de embelezamento de nossa urbe em homenagem ao grande empresário ipuense, nascido na Fazenda Boa Vista, que fez história em Pernambuco e em Alagoas, pioneiro de Paulo Afonso, cuja memória foi lembrada pelos escritores J.C. Alencar Araripe ( A Glória de um Pioneiro), Tadeu Rocha (Delmiro Gouveia – O Pioneiro de Paulo Afonso) e Francisco Magalhães Martins (Delmiro Gouveia – Pioneiro e Nacionalista), este último nosso conterrâneo.

A Bica do Ipu, ícone maior de nossa terra, também foi abordada no trabalho sob apreciação. Trata-se, indubitavelmente, de uma das Sete Maravilhas do Nordeste e quiçá do Brasil.

De uma beleza encantadora e estonteante, quem a vê de perto, absorto em seus pensamentos a contemplá-la, certamente dirá como o poeta latino Virgílio – O Cisne de Mântua – “Deus nobis haec otia fecit”, isto é, “Deus nos concedeu este descanso”.

E, por último, reporta-se à denominação de Francisco da Silva Mourão dada ao Mercado Público de Ipu em função de projeto aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pela então prefeita Maria do Socorro Pereira Torres.

Trata-se de uma justa homenagem ao Sr. Francisco Mourão pelos relevantes serviços prestados à comunidade ipuense. Homem respeitado e admirado por todos os conterrâneos - que nele viam uma pessoa de caráter ilibado - transmitiu aos filhos seus nobres e sólidos princípios éticos e morais.

O “pater familias” Francisco da Silva Mourão faria hoje 102 anos se entre nós fisicamente estivesse, pois vivo está em nossa memória.

Alguns temas tratados neste livro, embora tenham sido abordados há décadas, são na realidade bem atuais. Também é de destacar a linguagem precisa, concisa e escorreita que permeia todo o livro.

Este não será o único trabalho do confrade da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, João Mourão. Outros virão, com certeza, pois sua mente é fértil e está pronta para receber a boa semente da escrita.

Como nos velhos tempos da Força Aérea Brasileira, só resta dizer: “Em frente, Mourão”!

Ao encerrar essas considerações, cabe-me comunicar-lhes, Senhoras e Senhores, que o banquete literário está posto à mesa com as iguarias típicas de Ipu.

Sirvam-se à vontade!

Muito obrigado!

Olívio Martins de Souza Torres
Ipu, 28 de fevereiro de 2009"
fecha aspas.

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