Data: 15/03/2009
Nome: FRANCISCO DE ASSIS MARTINS - CHICO MELO
E-mail: proffmelo@yahoo.com.br
Assunto:
IPU
Como é bonita a minha Terra!
-Jardins entre alcantis,
Plantada ao pé da serra,
Longe, o anguloso e sólido rochedo.
Jorra um longo fio d’água;
a Bica,-voz agreste declamando,
em tom de encanto e mágoa,
o romântico poema,
de belíssima memória
cristalizada na história
lendária e sublime de Iracema.
Recebe o meu afeto, amada Ipu!
Gentil berço de paz – flor deslumbrante,
Que, sorrindo, ao cantar meigo das aves,
Acordas na alvorada radiante,
E cismas intensamente
Quando o sol, declinando no talhado,
Ergue seu leque dourado
Os fúlgidos castelos do ocidente.
Ante os olhos etéreos da saudade,
Revejo, com emoção,
A Várzea – o capinzal, o brando rio,
O estreito pontilhão
O histórico largo secular;
- o gigantesco pé-de-tamarindo
as copadas mungubeiras,
a reverenda capela,
no oblongo pedestal,a cruz singela
erigida no extenso patamar.
Cidade bela e poética
Tranqüila moradia
De estreitas e amplas residências
Avoengos solares, ruas, praças,
Que exalam lirismo e nostalgia,
A Igreja, lá no monte,
Alcançando a torre esguia,
O “Alto dos Catorze”,
E a serra escarpada,
-balizas da minha terra amada,
que recortam os cimos do horizonte.
Francisco das Chagas Soares.
Poeta, Escritor e violonista Clássico.
TARDE
Tarde turgenta, tórrida, indecisa,
Paralisada, esparsa, pardacenta...
Som o frescor da trepidante brisa,
Com o tremendo estrondo da tormenta...
Não se define. É muda. Simboliza
Essas almas que a dor não movimenta,
Mas, num conflito imenso, paralisa.
Em expressão de angústia turbulenta.
Nuvens sombrias, brônzeas, bordejando
Em fúnebre adejar, ao vento pando,
São as asas soturnas da aflição...
Almas turgentas do sofrer da vida
Mirai à perda de Mamãe definida;
-Velai, por nos, em vosso coração.
Meu nobre amigo Ricardo, se possivel for gostaria que você publicasse estas poesias.
Pega bem por ser hoje o dia da POESIAS.
Disponha do amigo,
Francisco Mello
Ipu-Ce.
14/03/2009
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