Data: 08/03/2009
Nome: HENRIQUE AUGUSTO PEREIRA PONTES - GUTO PONTES
E-mail: guto@secrel.com.br
Assunto: É tempo de cooperação e misericórdia...Leonardo Boff
"(...) Parte do problema do choque de civilizações está no processo civilizatório ocidental e da globalização econômico-financeira, altamente competitiva e nada cooperativa.
Citemos as cruzadas da igreja católica contra os muçulmanos, a política norte-americana que maltrata as nações árabes, o financiamento norte-americano ao estado de Israel para massacrar os palestinos e mais a fome, a miséria e o processo de exclusão pela qual as nações pobres passam.
Como conviver com o Fundamentalismo?
Só se vence o fundamentalismo com abertura, tolerância, com o principio “Não faças ao outro o que não queres que te façam”.
Temos que trazer o fundamentalista para a realidade concreta e mostrar que ele não é apenas preto e branco, mas que há nuances, há matizes.
No diálogo devemos enfatizar os pontos comuns e não as diferenças.
Promover a paz entendendo que não ausência de guerra, mas que não pode haver paz onde houver injustiça e discriminação. Saber que a paz não é imposta, mas construída. “culturas de paz”.
Por isso urge que revisemos criticamente as nossas tradições religiosas. “Não haverá paz no mundo sem paz religiosa”. (Hans Kung).
Precisamos esvaziar os conteúdos religiosos e entender que não é tempo de condenação, mas de misericórdia; que é necessário observar o modo como a igreja apresenta a verdade revelada.
Em todas as religiões há um apelo para a paz. Amar acima de tudo e ao próximo como a si mesmo está presente em todas as configurações religiosas. Ninguém que ama a Deus conseguirá odiar seu inimigo.
Precisamos de uma abertura para o outro como afirma a monja budista Coen, não existe nirvana individual desvinculado do cósmico.
Conclusão: A paz começa no relacionamento interpessoal. São Francisco de Assis em 1216 foi até o Papa Inocêncio III para dissuadi-lo de fazer cruzada contra os muçulmanos. O Seráfico de São Francisco de Assis: I.Tomar a iniciativa e não esperar que os outros venham a nós. II.Confiar no outro porque somos irmãos III.Conviver com os outros no trabalho na inserção em seu mundo. IV.Colocar-se como menores servidores e renunciar a qualquer pretensão de superioridade ou privilegio pelo fato de sermos cristãos. V.Antes de compreender que ser compreendido, amar que ser amado, e fazendo-se sempre instrumento de paz.“Não é o terrorismo que vence o terrorismo, não é o ódio que vence o ódio. É o amor que vence o ódio. É o dialogo incansável, a negociação aberta e o acordo justo que tiram as bases de qualquer terrorismo”. (Leonardo Boff)
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