IGREJINHA DO QUADRO
(História e Entrevistas)
Catequizar os nativos de um determinado lugar colonizado pelos europeus significava construir um templo para que os nativos recebessem os primeiros ensinamentos religiosos dados pelos padres que chegavam no lugar. O templo, ou seja, a igreja, era muito importante, pois representava a presença de Deus. Difícil era mostrar para os nativos o que era Deus, pois eles já tinham suas crenças, seus deuses, sua religião.
Por todo o país é comum observar igrejas com mais de três séculos, isto prova a colonização do Brasil, os jesuítas iam chegando e construindo igrejas para que os povos que já estavam aqui pudessem conhecer, se converter para o Cristianismo.
Em Ipu não foi diferente do restante do país, chegando em Ipu, Dona Joana Paula, logo tratou da construção de uma pequena capela, no centro da arraial, alguns anos depois, Quadro da Igrejinha, igrejinha com certeza devido ao tamanho, bem pequena no centro daquele povoado, certamente a igrejinha tinha um objetivo, catequizar os povos que por aqui estavam.
Hoje, a Igrejinha como foi assim chamada, passa por uma restauração, restauração esta muito esperada por toda a população ipuense, pois significa que a Igrejinha que estava prestes a ir para o chão, está agora prestes a receber inúmeras pessoas e voltar a ser aquela igrejinha que tem mais de um século de construída.
A AFAI , é responsável também por esta restauração pois foi através da iniciativa da AFAI que hoje a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, foi tombada e está sendo restaurada, como é lícito afirmar que “você se torna responsável por aquilo que conquista”, a AFAI ouviu o depoimento de alguns cidadãos(ãs) ipuenses sobre a restauração da Igrejinha.
ENTREVISTAS SOBRE A IGREJA
NOSSA SENHORA DO DESTERRO
(IGREJINHA DO QUADRO)
AFAI (Francisca Ferreira) – Lúcia Cléa, qual é a sua opinião sobre a restauração da Igrejinha de Nossa Senhora do Desterro, ou seja da Igrejinha do Quadro?
Lúcia Cléa (professora)
Lúcia Cléa Sousa Barreto (Coordenadora da E.M.E.F. Moacir Alves Timbó) – A nossa Igrejinha sempre nos trouxe muitas recordações, sendo para nós um patrimônio da nossa história, com essa restauração irá nos proporcionar oportunidade de relatarmos a nossos filhos o que ela representa para cada um de nós.
AFAI (Francisca Ferreira) – Lúcia Cléa, você conhece a História da construção da Igreja de Nossa Senhora do Desterro?
Lúcia Cléa – A nossa parcela de conhecimento sobre a história de nossa terra se faz muito breve. Logo no currículo escolar só falamos dela quando aproxima os festejos do município. O necessário seria que esta proposta da História de Ipu estivesse inserida na grade curricular para nossos alunos e educadores, uma vez que não temos o hábito freqüente de leitura.
AFAI (Francisca Ferreira) – Professora Sueli, depois de anos vendo a Igreja Nossa Senhora do Desterro em total abandono, qual a sua opinião sobre esta restauração?
Maria Sueli (professora)
Professora Maria Sueli Bernardo de Lima (Professora da E.M.E.F.Moacir Alves Timbó) – Isto me alegra muito. Sempre ouvi falar das missas que aconteciam na Igrejinha e isso me causava muita curiosidade e vontade de participar. Nas vezes que tive oportunidade de observar seu interior, sentia como se estivesse realmente no passado, observando cada detalhe que era peculiar à sua origem. Não sabia se um dia poderia mostrar-lhe ao meu filho, pois estava vendo tudo aquilo se acabar, e a História do Ipu ficar sem um referencial, algo que realmente provasse o que a bela história conta. Todo dia ao passar pela Igrejinha renasce a esperança de realizar o que desejava: participar dos eventos, continuar fazendo parte da história de Ipu.
AFAI (Francisca Ferreira) – Rikelly, você assistiu missa na Igreja de Nossa Senhora do Desterro? Você lembra de algum detalhe importante do interior da igrejinha?
Rikelly (estudante)
Aluna Maria Rikelly (Idade – 14 anos – 9º ano A – Manhã) Já assisti missa na igrejinha sim, mas eu era muito pequena quase não lembro de nada.
AFAI (Francisca Ferreira) – Rikelly e sobre a restauração, qual a importância dela para vocês adolescentes?
Aluna Maria Rikelly – Acho uma ótima idéia porque a Igrejinha é uma coisa muito bela que tem no Ipu e jamais pode ser esquecida.
AFAI (Francisca Ferreira) – Gabryelle, como você está vendo a restauração da Igreja de Nossa Senhora do Desterro?
Gabryelle Maria Soares Galvão (14 anos – 9º ano B – Manhã – E.M.E.F. Maocir Alves Timbó) – Já era para está restaurada, pois como cidadãos ipuenses nós gostamos dos patrimônios e sempre nos importamos com a nossa cidade. Pois a Bica está também sendo reformada e também é um ponto turístico e centro histórico importante. Nossa cidade pode ser pequena mais é um centro turístico e histórico.
Texto / Fotos / Entrevistas:
Francisca Ferreira do Nascimento
(Diretora da AFAI)
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