Sobre o e-mail do Aderson Magalhães Longo, solicitando uma rua no Ipu com o nome de Aderson Magalhães, recebido pelo acadêmico Cláudio César Magalhães Martins e transcrito hoje no Livro de Visitas do site da AFAI, informo que esta reivindicação vem sendo feita há mais de 40 anos. A primeira foi em 1967, seguindo-se outras, inclusive no formato de Perguntinha da Semana.
Às páginas 34 e 35 do meu IPU - DOS JORNAIS PARA O LIVRO, lançado em fevereiro de 2009, no Ipu, consta matéria com o título ADERSOM MAGALHÃES (All RIGHT) VAI VOLTAR AO IPU, publicada na coluna Bicadas de Ipu, do jornal O POVO, Fortaleza, Ceará, a 20 de novembro de 1967, reivindicando uma rua no Ipu com o nome do talentoso jornalista ipuense Aderson Magalhães, com o seguinte teor:
ADERSOM MAGALHÃES
(All RIGHT) VAI VOLTAR AO IPU
O vereador Antônio Olímpio, presidente da Câmara Municipal de Ipu, recebeu do jornalista acejiano, vereador Raimundo Nonato Moreira Bonfim, de Crateús, carta sugerindo dar o nome do jornalista Aderson Magalhães, a uma rua de Ipu.
Aderson Magalhães (All Right), nasceu em Ipu a nove de junho de 1896. Era filho de Augusto Magalhães e Ana Rosa Cavalcante de Albuquerque.
Na manha de 1913, com menos de 18 anos, deixou o Ipu que, com outros de sua época, como Antônio Aragão e Dico Passos, obtiveram fama por suas inquietações na vida ipuense, que ele lembraria, anos depois, em muitos de seus artigos de saudade à terra natal, Ipu, cidade já famosa por sua decantada bica e por ter sido berço de Iracema, tornou-se mais conhecida ainda pelos escritos evocativos de um de seus filhos jornalistas, ele, Aderson Magalhães.
Da cidade natal, Aderson sempre lembrava a bica, a casa-de-pedra, o gangão, o beco do kafute, o engenho do Velho Corotéu, o cemitério velho e o novo, do Alto dos Quatorze.
Na época em que foi trabalhar na livraria do tio, em Manaus, segundo referiu, Aderson começou a interessar-se pelas letras. Lia tudo e, nas horas vagas, estudava. Bacharelou-se em Direito, mas nunca quis saber de advogada, nem de qualquer outra atividade. Era apenas jornalista. Tinha-o como uma “escola em que se tem por obrigação ensinar e orientar honestamente e diariamente o público”. Dizia sempre: “O trabalho de imprensa semeia mas não colhe.” E, também, “para ser bom jornalista, lido e apreciado, é preciso possuir três virtudes - clareza, brevidade e repetição.”
A verdade é que gostava de sua profissão, mas queria ter independência nos seus escritos. Pela sua breve e elevada atuação na imprensa, Aderson Magalhães foi condecorado pelo rei da Bélgica, sendo-lhe entregue a medalha em solenidade de 23 de maio de 1960, pelo embaixador Louis Colot.
Aderson Magalhães chegou a confessar, antes de morrer, que seu principal desejo era voltar ao Ipu... Sim, Aderson, você voltará ao Ipu... Voltará ao Ipu porque o vereador António Olímpio acatará a sugestão do confrade Nonato Bonfim.
Não será demais, a exemplo do que foi feito com outros filhos da terra, como Delmiro Gouveia e Tomás Correa, os homens públicos do Ipu erigirem um busto seu em logradouro a ter o seu honrado nome. Você fez jus Aderson.
Se ao vereador Antônio Olímpio faltar a coragem de prestar-lhe esta homenagem - que acreditamos não faltará - podemos adiantar que o pedido também será válido para os outros edis, desta e de outras legislaturas.
(Publicado no jornal O POVO de 20 de novembro de 1967, na então coluna Bicadas de Ipu)
jpMourão
(João Pereira Mourão)
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