Data: | 18/11/2010 | |
Nome: | CLÁUDIO CÉSAR MAGALHÃES MARTINS | |
E-mail: | claudiocmartins@msn.com | |
Assunto: | IPU: um pouco de História | |
Prezados ipuenses, Talvez muitos desconheçam os tópicos a seguir, os quais constituem itens importantes da História de Ipu. Cordialmente, Cláudio César 1 - “HERÓIS” FUNDADORES Os primeiros registros historicos sobre a regiao de Ipu datam do tempo do Brasil colonia e entre os personagens de entao podemos destacar nomes como Joana Paula, Martim Soares ou padre Correia. Veremos que eram pessoas comuns, carregadas de defeitos, ganâncias, ambições etc. Para a “civilização do Ipu” e sua região os ditos “heróis” não passam de sanguinários conquistadores; gente guerreira, que nasceu dos choques dos mundos europeu e indígena e por aqui se instalou para formar uma sociedade singular e desigual. Matar, roubar, assassinar, estuprar ou agredir eram “esportes” naturalmente praticados por nossos antepassados, e queiramos ou não, somos um povo altamente mestiço (somos brancos, indígenas e negros). A nossa civilização nasceu por sobre as poças de sangue dos povos nativos, e fora construídos por homens brutos, valendo-se da escravidão e do extermínio, para dar legalidade ao seqüestro das terras e dos corpos (para o trabalho escravo e para o sexo promíscuo) das indígenas e africanas; legitimando todo tipo de privilégio e de poder emanados desta situacao. Sobre isso, leiamos este documento: “Tamboril tem produzido homens notáveis, entre estes o coronel Diogo Lopes de Araújo Sales, que o Ministro da Agricultura, (...) em 1855 dizia não conhecer no país mais hábil catequista dos índios. À sua espada encantada, que não podia soltar, pelo receio de exterminá-los de um só golpe, deveu ele escapar mais de uma vez às sedições dos selvagens. Seus serviços nessa arriscada empresa foram de feitos relevantes.” É claro que, como homens como o Coronel referido antes, não nos admira que não tenha havido “reclamações oficiais” por parte dos nativos; os Tremembés, Carátiús, Reriús, Arariús, Quixelôs e outros povos não tiveram a menor chance, lutar com arco e flecha contra bala e pólvora era uma luta perdida! Após a “limpeza” da terra, Joana Paula, seus pais e irmãos puderam vir ocupar a área despreocupadamente, habitando o sertão central e parte da Ibiapaba (Ipu, Ipueiras, Guaraciaba, Tamboril, Santa Quitéria, Reriutaba, Crateús e muitas outras cidades nasceram dentro deste processo). O homem desta área é altamente mestiço, caboclo, com pouco sangue negro, e com bastante sangue europeu. Os Brancos, pela superioridade das armas, puderam dominar e aculturar aos índios e alguns africanos; debaixo da bota dos fazendeiros proprietários, as mulheres índias e negras emprestaram seus ventres para que o falo dos descendentes de europeus “povoasse a terra” e mestiços. Não tendo recursos humanos ou materiais para ocupar as terras do “Ciará Grande” (e a região de Ipu), Vossa Majestade El’Rei de Portugal (e depois da independência, D. Pedro I e D. Pedro II) delegava poderes quase absolutos para seus súditos que por aqui vinham construir a “civilização”. Os colonos que viriam povoar os sertões do Ipu tinham licença para matar, prender, soltar, julgar, perdoar, e condenar, principalmente aos índios, negros e/ou brancos pobres que lhes deviam obediência; foi assim que nasceu a conhecida prepotência de nossas elites e a exagerada submissão de nossos “cabras”! Com a independência, em 1822, D. Pedro I, após esmagar os confederados do Equador e outras rebeliões do “Norte” do Brasil, passou a delegar poderes de polícia aos fazendeiros e seus filhos; neste ínterim, os Mourões, poderosa oligarquia parental sediada na Serra dos Cocos, filiada ao Partido Conservador, exercerá o poder e a violência com mão de ferro nestas paragens. “Eram por demais turbulentos (...) [e] sanguinários os primeiros povoadores desta parte da província, (...) os homens mais influentes (...) percorriam com bandos armados da serra ao vale e do vale à serra, decidindo de tudo [na] (...) lógica do bacamarte. Esses facínoras traziam em sobressalto Tamboril e (...) Príncipe Imperial (Crateús), Independência, Boa Viagem, Pedra Branca, Santa Quitéria e Ipu.” Dentre estes homens, os clãs–familiares dos Araújos-Chaves, Mello-Mourão, Feitosas, Martins, Aragão, Lopes etc. impunham a lei e a ardem com base na faca-peixeira e no bacamarte boca-de-sino. Assaltos, assassinatos, estupros e lutas pela posse da terra eram “a coisa mais natural do mundo” naqueles tempos. Foi neste ambiente que nasceu a nossa civilização. • Data da criação: 26 de agosto de 1840 • Toponímia: Queda D’água • Variação Toponímica: Vila Nova do Ipu Grande • Desmembrado de Guaraciaba do Norte • Padroeiro: São Sebastião • Dia: 20/01 Características ambientais • Pluviosidade: a média anual é de 1.258 mm • Temperatura média: 26°C a 30°C • Período chuvoso: janeiro a maio • Distância da Capital "Fortaleza": 257Km • Área Territorial: 630Km² • Latitude: 4°,19' • Longitude: 40°, 49' • Altitude: 240,27m do nível do mar • Clima: Semi-Árido • Mesorregião: Noroeste Cearence • Microrregião: Ipu • Limites: Norte: Reriutaba e Pires Ferreira, Sul: Ipueiras, Leste: Hidrolândia; Oeste: Guaraciaba do Norte. • Hidrografia: Rios Acaraú, Jatobá e Inhuçu e riachos do Engenho, Mulungu, S. Félix, Albina, Gamelecia, Sambaíba e Ipuçaba. • ACESSO RODOVIÁRIO: CE-187 / CE – 032 / CE - 157 Componentes ambientais • Relevo: Planalto da Ibiapaba e Depressões sertanejas • Solos: areias quartzosas distróficas, Bruno não cálcico, Latossolo vermelho-amarelo e podzólico vermelho-amarelo • Vegetação: caatinga arbustiva aberta, floresta caducifólia espinhosa, floresta subperenifólia tropical pluvio-nebular e floresta subcaducifólia tropical pluvial. Divisão política-administrativa • Distritos: Abílio Martins, Flores, Várzea do Giló,Recanto e Ingazeira Fonte: Wikipedia |
A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.
A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI FÉ RENTE
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
IPU: um pouco de História
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