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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Poeta RAMOS PONTES

Data: 06/10/2010
Nome: FRANCISCO CLAUDIO DE SOUSA
E-mail: fclaudiosousa@bol.com.br
Assunto: Vampiro Eletrônico - Ramos Pontes

Vampiro Eletrônico é a 1ª poesia do livro Satiricon II.


VAMPIRO ELETRÔNICO – RAMOS PONTES

Não sei se estou muito louco
Meio máquina, meio gente
Procurando não sei quê.

Sei que procuro.
Entre urros modernos...

Talvez um dia ache o que perdi...
Nada perdi(?), mas vou achar(?), vagando,
Defendendo-me dos “monstros metálicos”
Que vagueiam,
Tomam conta da rua,
Do mar,
Do ar,
Do vácuo sideral...

Serei capaz de uma Olimpíada
- maratona com a senhora moderna –
A que me redime e me engole?
Vou encontrar?
Quê?
Eu nem sei se me encontro!...



Att,
Cláudio Sousa.


Data: 06/10/2010
Nome: FRANCISCO CLAUDIO DE SOUSA
E-mail: fclaudiosousa@bol.com.br
Assunto: Sem Borboletas Azuis - Ramos Pontes

Conforme os comentários de Vitorino.
Veja a poesia do ipuense Ramos Pontes que ficou em 3º Lugar em Concurso Nacional DE Poesia no ano da publicação do livro SATIRICON II.

SEM BORBOLETAS AZUIS – RAMOS PONTES

“Nunca te fiz um verso, Ipu”,
Porque até ontem fui romântico,
Curió de bosques verdes
Onde verde não havia.
Mas como agora cresci,
Não carrego olhar sombrio,
Nem abrigo alma perdida
E a morrer jovem não aspiro
Deixo minha assonância
Em nada camoniana,
Ruptura aos alexandrinos,

Ipu! Ipuae! Ipuorum!

Abaixo os que te querem a glória
De cinzentas metáforas, apenas;
Olvido sem sepultura aos teus cantores de utopias:
Menestréis palacianos que ao ouvido encantam,
Mas destroem do ser a essência verdadeira.
Trovadores que te exaltam te adulam,
Buscando fama e poder,

Ipu! Ipuae! Ipuorum!

Escondi o meu poema
- meu teorema da cor -,
Que clama e reclama nas taperas,
No concreto das calçadas,
Lá nos portões do Mercado,
No discreto da existência
-a paciência da fome –
Que em ti grita sem cessar,

Ipu! Ipuae! Ipuorum!

Dos molambo que trafegam
Cobrindo formas de formas cadavéricas,
Ai Ipu! Ipuae! Ipuorum!
Que por falta de comida
São o verde – cor das taperas -,
Sem borboletas azuis:
Tema de tantas quimeras!


Att,
Cláudio Sousa.

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