via blog do prof. KLÉBER TEIXEIRA
.Francisco Lopes de Freitas, o folclórico comerciante Chico Lopes da Padaria, nasceu na Fazenda Cantinho em Ipu, mas foi criado no sertão de Tamboril. Seus pais, Francisco Lopes Martins e Francisca Josino de Freitas, ouviram do ainda menino Chico Lopes uma "jura" que ao vestir sua primeira calça comprida, não precisaria dali então de ser mais sustentado por seus pais. Filho mais velho de uma família de 13 irmãos, Chico Lopes começou a usar seus poderes paranormais para domar burros no sertão dos Inhamuns. Detentor de uma típica inteligência sertaneja nordestina, o abastardo comerciante ipuense afirma que “tem o corpo fechado” e que tem muitas histórias e fatos da sua vida para contar. Os chavões do Seu Chico já são comuns com as suas batidas de mão no balcão do Bar do Domingos: “Quem sabe sou eu!”, “Vou mostrar como é que se faz” ,“Já tô sabendo de tudo” e "Deixa que eu resolvo. Pode ir pra pra casa" sempre diz o bonachão, o qual também afirma que soube se dar bem até com a Igreja, pois São Francisco de Assis é seu padrinho de Crisma ( é o fraco o padrinho!).
O astuto contador de causos já foi de tudo um pouco, além de ser reconhecido como o maior pegador de ladrão da região pois, segundo ele, a polícia quando está com dúvidas o procura. Depois de conhecer o Sudeste na década de 1960, retornou a sua terra natal e fundou em 1977 a “Padaria 7 estrelas”. Perguntamos o porquê das “7 estrelas”: o irreverente Chico Lopes nos disse que tinha que ser diferente “duns negócio de 5 estrelas que viu lá pelo Sul”. Em 17 de novembro de 1984 promoveu na Fazenda Passa Sede o primeiro Forrozão do Chico Lopes, a qual foi animado pela banda do sanfoneiro Simões Carolino. Hoje o homem de poucas letras mas que “já ganhou até de juiz (o falecido Airton Matos Cruz)” em seus causos, praticamente monopoliza a distribuição de matéria-prima para as padarias de Ipu e das cidades vizinhas.
Chico Lopes irá lançar um livro com seus contos. Podem esperar os intelectuais de plantão pois ele já avisa que: “ vou mostra como é que se faz”.
Meu padrinho
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