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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Meus valores excedem às vaidades e à vil necessidade de títulos, caro Professor Cláudio César. Nem por isto, sou um medíocre.

Data: 16/07/2010
Nome: RICARDO MARTINS ARAGÃO
E-mail: ricardo.boris@gmail.com
Assunto: Veredicto: CULPADO!!!


Prezado Sr. Cláudio César,

Se observar com atenção, verá que meu comentário também foi generalizado e impessoal, no qual em nenhum momento citei nomes. As minhas críticas foram feitas - de forma incisiva e honesta - para qualquer um que se enquadre naqueles padrões de falta de educação e deselegância.

De minha parte, procurei dar apoio a uma amiga por supostamente ter sido criticada por erros banais de Português (considerando a informalidade deste espaço virtual e as relações de amizade e fraternidade comuns em uma página de filhos e amigos de uma cidade). Pelo menos era pra ser assim na minha humilde opinião.

Portanto, acolha a crítica para si se assim achar que merece (o que acho pouquíssimo provável), pois em nenhum momento citei o seu nome e nem me ative a ler as suas mensagens (escritas anteriormente), pois as considero muito chatas e soberbas. Mesmo assim, prefiro deixar de lê-las a criticá-las de forma pública, o que acho uma maneira assaz antipática e imprópria de repreensão, sobretudo por não ser este Livro de Visitas, o foro apropriado para este tipo de situação e constrangimento.

Não foi minha intenção ridicularizar o Nosso Idioma, se o senhor se refere à frase escrita com excesso de erros ortográficos no início de meu texto. Se não percebeu, a minha intenção foi ironizar àqueles que buscam a erudição até no sonho (perceba a impessoalidade). Mas estou muito tranquilo quanto a essa impressão nas outras pessoas, pois certamente perceberam que se tratou de uma ironia, que aliás é um instrumento de nossa Língua Portuguesa.

Relevo sua “modesta” opinião sobre a minha postura enquanto acadêmico. Aliás, se estou sendo acusado de “TRAIÇÃO” aos ideais acadêmicos, faça-se algoz deste simples mortal e submeta os meus pecados aos nossos confrades da AILCA, a quem caberá apreciação, julgamento e sentença.

Em tempo, acho que fui convidado para a academia por minha modesta (modesta mesmo!) aventura na Literatura de Cordel, uma das formas mais tradicionais de nossa Cultura Popular, na qual se destaca a “linguagem do povo”, principalmente a do matuto do sertão, de onde venho e onde vivo. Talvez por isso eu defenda a informalidade da língua sem, noentanto, desconhecer e respeitar os ambientes apropriados para o uso da forma culta da Língua Portuguesa.

Nada contra os escritores clássicos, em absoluto. Mas, minha predileção é mesmo pelos poetas do sertão, matutos como Patativa do Assaré, Cego Aderaldo, Gonçalo Ferreira da Silva (ipuense), Apolônio Alves dos Santos, entre muitos outros.

Isto posto, na condição de réu, descerei os degraus acadêmicos ao calabouço da ignorância se por acaso a Literatura de Cordel e as Tradições Populares não forem consideradas pela AILCA como uma forma legítima de representação cultural. Neste caso, embora eu tenha defendido a academia e procurado dignificá-la e honrar a cadeira que ocupo, nem esperarei o veredicto e me julgarei CULPADO e CONDENADO pela minha estupidez, voltando - com muito orgulho - à mera condição de mortal que sou.

Meus valores excedem às vaidades e à vil necessidade de títulos, caro Professor Cláudio César. Nem por isto, sou um medíocre.

Por falar em títulos, quem disse pro senhor que sou um magistrado?! Não senhor. Sou um Servidor do Poder Judiciário do Estado do Ceará, mais precisamente um Oficial de Justiça, com muito orgulho, honra e mérito. Aliás, colega de sua irmã Odília.

Inclusive, tenho me postado contra o Tribunal de Justiça e contra o todo-poderoso presidente Ernani Barreira Porto na defesa de meus colegas servidores e de nossos direitos, numa greve geral no estado há 87 dias. Será que um juiz faria isto?!

Aliás, eis mais uma acusação pro senhor usar contra mim para me expulsar da AILCA: o Ricardo Aragão não é um Magistrado, é um simples Oficial de Justiça!

Boa sorte em seu desiderato, meu caro!

Com respeito,
Ricardo Aragão

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