Prezada Anita,
Concordo, em parte, com sua argumentação. A língua não é estática, mas dinâmica. Entre os autores por você citados (Graciliano Ramos, Aluízio Azevedo e Jorge Amado), posso afirmar com segurança que, não obstante o regionalismo tenha preponderado em suas obras, nenhum deles se descuidou de escrever com correção. Graciliano Ramos, p. ex., é comparado a Machado de Assis pela beleza e concisão de seu estilo; Aluízio Azevedo, autor de "O Cortiço", como bom maranhense, primou também por escrever com estilo e correção; idem com relação a Jorge Amado, que, não obstante, explorar temas pouco ortodoxos, primou por escrever corretamente. Tanto é que chegou à Academia Brasileira de Letras. E lá ninguém chega sem ter pleno domínio de nosso idioma. Venhamos agora um pouco mais para a atualidade. Paulo Coelho, o autor brasileiro que mais vendeu livros em toda a história (mais de 65 milhões de exemplares), tem um estilo claro, escorreito e preciso. Não obstante muita gente fazer-lhe restrições, confesso-me seu admirador e digo mais: considero-o nosso escritor com maiores chances de ganhar um Prêmio Nobel de Literatura. Falemos, a seguir, da grande imprensa nacional. Basta ler revistas como VEJA, EXAME, ISTO É e VOCÊ para verificar que seus textos passam por uma rigorosa revisão, dificilmente se descobrindo, nesses veículos de comunicação, erros gramaticais ou barbaridades estilísticas. O mesmo pode se dizer de jornais como FOLHA DE SÃO PAULO, O ESTADO DE SÃO PAULO, O GLOBO e VALOR ECONÔMICO, por exemplo. Conclusão: o Português culto e correto continua em voga. Cordialmente, Cláudio César |
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