Não sou filho do IPU, meu pai Manoel Pedro Alves* e tios são, porém a vida que eles tiveram foi bem diferente das que leio no site ou nos e-mails. Foi uma vida marcada pela forma quase que escrava que eles viveram prestando serviços aos antigos Coronéis e donos de Terra, pessoas rudes, autoritárias e mesquinhas. Minha avó Maria Pequena, como empregada teve que se sujeitar como mulher a essas pessoas, velhos, gordos e nojentos.
O que prova isto é que nenhum de meus tios tem o registro do pai, cada um tem um biotipo diferente.
Mas isso é coisa do passado, Deus fez a justiça divina e meus entes, superaram sem traumas. Compreenderam que isso acontecia devido a situação desprivilegiada que o destino lhes reservou.
Agora, o presente, repetia o passado quando estive pela última vez no IPU em 2006, meu tio e irmão de meu pai, Francisco Rosa de Lima (Chico Rosa), quando necessitou de assistência médica para amputar um pé, devido ao diabetes, o IPU negou a seu filho nascido em 1920 um atendimento decente, foi transferido para um hospital em SOBRAL, um fim de mundo/ um lugar horrível.
E para piorar quando estava de alta, meus parentes tiveram que recorrer a políticos, em troca do famoso cabresto, praticado com maior intensidade nas cidades pequenas ou afastadas.
Imediatamente, lembrei-me das histórias que meu pai contava, de quando saira do IPU em 1951, e em pleno século 21, eu presenciava.
Edilio Pedro Alves
ediliopedro@despachogeral.com.br
filho de Manoel Pedro Alves
neto de Maria Rufino de Souza (Maria Pequena)
bisneto de Maria Rufino de Souza (Maria Grande) e Pedro Germano
e tataraneto de Maria Quitéria (Mãe Quitéria)
acervo: JPM
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