Data: | 02/11/2007 | |
Nome: | Cláudio César | |
E-mail: | claudiocmartins@msn.com | |
Assunto: | A morte de Delmiro Gouveia | |
Prezados Ipuenses, Como o assunto \"Delmiro Gouveia\" continua em foco por conta de uma infeliz nota de repúdio, aproveito o ensejo para falar sobre a morte de nosso ilustre conterrâneo (hoje é Dia de Finados). Valho-me, para tanto, da obra de meu tio, Francisco Magalhães Martins, que a descreveu em um capítulo de seu livro \"Delmiro Gouveia, Pioneiro e Nacionalista.\" No capítulo, intitulado \"Morte Trágica e Misteriosa do Evangelizador dos Sertões\", assim é narrado o fato: \"Era quarta-feira, 10 de outubro de 1917. Escreve um jornalista alagoano que aquele dia de verão sertanejo amanhecera sombrio, sob nuvens pesadas, como protesto veemente da natureza contra a monstruosidade do atentado que se projetava para eliminar a vida do bandeirante ilustre. Durante todo o decorrer do dia, o ambiente soturno pressagiava funesto acontecimento. (...) São quase 21 horas. O silêncio da noite, na vila, é acalentado pelo perpassar da brisa e pelo trepidar das máquinas da fábrica, entre vozes e cantigas das operárias do serão. Três vultos vindos da pequena curva da linha férrea, em frente, se dirigem para as proximidades da casa, esgueirando-se como répteis por entre os vasos e plantas do jardim. Da penumbra parte a descarga inesperada e certeira, ouvindo-se os tiros de rifle que vão fulminar o pioneiro. Um dos projéteis atinge-lhe o braço, outro o coração e o terceiro se perde na amplidão. Todos acorrem ao local. Zé Pó, que tinha servido o jantar e a ceia, correu e encontrou seu patrão gravemente ferido, agarrando-se pelas cadeiras do terraço. Conduzido ao leito, ainda pôde receber socorros, de todo inúteis, porquanto forte hemorragia interna foi-lhe paralisando logo os sentidos.Em estado consciente, chegou apenas a indagar se os cabras tinham sido presos, e, nas vascas da morte, ainda pronunciou um \"valha-me, nossa Senhora !\" Mais adiante, meu tio assim se expressa sobre os motivos do crime: \"Enfim, nunca jamais se soube, sem sombra de dúvida, quem matou nem tampouco quem mandou matar o pioneiro.\" Um bom fim de semana a todos ! Cláudio César |
A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.
A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI FÉ RENTE
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Delmiro gouveia - 90 anos
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