Data: | 23/11/2009 | |
Nome: | JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES | |
E-mail: | airton.soares.as@gmail.com | |
Assunto: | AFAILCA Crônicas - 36 | |
MINHA ARRISCADA INFÂNCIA - TAMBÉM SOBREVIVI Por Ricardo Martins Aragão - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - janeiro 2007 MEU AMIGO JÚLIO GOMES continua me atentando pra revelar minhas travessuras aqui no site. Home, deixe quieto! Vamos ver no que vai dar... - - - - ---- - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - - ME RECORDO DE UMA BRINCADEIRA que fazíamos (esta eu não ia contar no Livro de Visitas) e que era cruel, sempre acabando em porrada: PAU MELADO! = = = = = = == = = = = = = = = = = = = = = ERA O SEGUINTE: pegávamos um pedaço de pau e melávamos uma das pontas com cocô de vaca, de cachorro ou de gente mesmo (imagine no que isso ia dar). Em seguida, um dos meninos, geralmente o mais danado (eu disputava essa posição com o Manguita), segurava na ponta limpa do pau e saíamos, em grupo (seis ou sete), da Lagoa rumo à Rua dos Canudos, às vezes até à Estação. QUANDO NOS ENCONTRÁVAMOS COM O GRUPO RIVAL (havia rivalidade entre Lagoa e Canudos e entre Lagoa e Escondido, sobretudo no futebol), simulávamos uma confusão entre nós mesmos. Um dos moleques puxava briga de mentira com o outro que tinha o pau melado nas mãos. Aí ficava naqula lenga-lenga... "o que é que tu vai querer?", "tá pensando que eu tenho medo de tu?", "tá confiado nesse pedaço de pau?"... Enquanto isso, os meninos do bairro adversário, doidos por uma confusão, vinham na maior despinguelada (na carreira) pra ver o embate... "quero ver se tu é home mesmo, seu fie num sei de quê", "então solta esse pau e vem pra porradas!"... e assim a lenga-lenga continuava até que o cabra que segurava o pau melado dizia pra um dos garotos do outro grupo: ..."Ái, é? Então segura aqui esse pau, que eu vou encher a cara desse minuvéi de porrada!". Pronto, tava lançada a armadilha! O besta do outro lado, doido pra ver briga, descuidadamente segurava na ponta literalmente "obrada" do pau, ficando todo sujo e fedorento. MEU AMIGO, NESSA HORA, A TURMA DA LAGOA saía em disparada no rumo de casa. Era uma carreira danada! Os mais lerdos, geralmente ficavam pra cristo e levavam umas bordoadas, mas com poucas surras, aprendiam a correr na frente. ERA MUITO ENGRAÇADO, MAS PERIGOSO. E às vezes rendia por dias a discórdia. Como eu e meu irmão íamos de bicicleta pra aula, no dia seguinte tínhamos que passar no território inimigo (a Rua dos Canudos é caminho entre a Lagoa e a Cidade) e este era o momento mais perigoso, pois geralmente havia emboscadas. Não foram poucas as brigas que nos metíamos por causa disso, muitas vezes extensivas à própria escola, pois alguns dos pivetes estudavam na mesma instituição. MAS, APESAR DOS RISCOS QUE CORRÍAMOS, era muito animada a brincadeira. Acho até que vou repassar a experiência pros meus filhos. Estou pensando em novas estratégias. Coisas mais modernas, sabe? Veremos. Rsrsrsrs... VOCÊ ME PAGA, AMIGO JÚLIO, POR ME DAR CORDA PRA CONTAR ESSAS TRAQUINAGENS. Nem o papai sabia disso ainda. Seria bom se você fosse do meu tempo, haja vista a Rua dos Canudos ter sido seu "território". Ainda bem que nos conhecemos adultos. Rsrs... - - - - - - Fonte: Do site da AFAI / Artigos – Crônicas / pág. 4 Acesso: 23/11/2009 |
A história de um povo também é feita de minudências afetivas e verdades comezinhas.
A CADA MEIA HORA UM PENSAMENTO DI FÉ RENTE
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
AFAILCA Crônicas - 36
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