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sábado, 24 de outubro de 2009

AFAILCA Crônicas 33

Data: 22/10/2009
Nome: JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES
E-mail: airton.soares.as@gmail.com
Assunto: AFAILCA Crônicas - 33

Afailca- 33

SONHO MALDITO (PARTE II) –

Por Zé Urbano

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HOJE TIVE UM SONHO MALDITO,
O PIOR QUE JÁ TIVE EM TODA
A MINHA VIDA, QUE ESPERO,
NÃO SE REALIZE JAMAIS.
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HÁ MUITO TEMPO TENHO SOFRIDO COM A IDÉIA de ter que fazer um exame de próstata. E o fiz num sonho maldito. Sonhava que aguardava na sala de espera do consultório do Urologista a minha vez: lembro-me que não conseguia me conformar, eu um homem viril ter de me submeter aquilo. Repentinamente um moço saiu do consultório com uma ficha na mão dizendo: “senhor José Urbano Polis? Queria acompanhar-me, por favor”.

FIQUEI DESCONFIADO. Ele devia ser o ajudante do médico, esperava que fosse uma enfermeira bem bonita. Mas, tudo bem, atendi sem reclamar. Quando entrei no consultório, o ajudante logo fechou a porta violentamente e a colocou no bolso bruscamente.

NA SALA TINHAM MAIS TRÊS PESSOAS: sentado à mesa o médico, e de cada lado duas outras pessoas de branco, rindo sorrateiramente da minha cara de assuntado, logo reconheci: eram o CláUDIO CÉSAR E O JÚLIO GOMES.

FIQUEI LOGO ATORDOADO e percebi que ali seria meu fim. Disse o primeiro: “hoje tu não escapas, fugiu do fogo, mas não fugirá do ferro, digo, do dedo seu desgraçado! E o Marx não está aqui para defendê-lo!” E me agarrou por um dos braços com todas as suas forças.

DO OUTRO LADO DISSE O JÚLIO: “Maldito, hoje pagarás todos os teus pecados, hoje somos os protagonistas e tu o coadjuvante!”, E me agarrou por outro braço, também com todas as suas forças. Tentei bolar uma saída. Para ganhar tempo olhei para o Júlio e disse: “mas camarada Júlio, eu vim fazer exame de próstata e não de gravidez!” Antes que eu pensasse em alguma outra coisa e que o Júlio me respondesse, o assistente agarrou-me pelas pernas da calça brutamente tentando tirá-las.

COMO ANTES, NÃO O CONHECI DE IMEDIATO, mas de perto ficou visível: tratava-se de SÉRGIO MADEIRA! Pronto! Querendo TIRAR MINAS CALÇAS, deve ser para meter o pau, ou seria a madeira, ou lenha? “AI, MEUS OVOS”, GRITEI.

O DOUTOR, TENTANDO ABRIR O ZÍPER DA MINHA CALÇA MACHUCOU-ME. DISSE ELE: “NÃO SE PREOCUPE, NÃO VAMOS MATÁ-LO, MAS APENAS FILMAR A CENA DE SEU EXAME DE PRÓSTATA E VEICULAR NO SITE DA AFAI, PARA DESMORALIZÁ-LO PERANTE A TODOS, SÓ ASSIM PAGARÁS PELO O QUE VEM FAZENDO CONOSCO!

TU NÃO MERECES MORRER ainda, DESGRAÇADO!”. “Isso não”, disse, “se fizerem isso vou processá-los a todos!” Ele respondeu sem forçar a voz e mansinho, sorrateiramente, franzindo as sobrancelhas: “meu caro urbano, aqui tem advogado, polícia federal, e os diabos! Pode começar a rezar!

FOI ENTÃO QUE PERCEBI quem era aquele doutor impostor e disse: RICARDO, meu amigo, não faça isso!” E olhei logo para o seu DEDO; Pensei: “VAI RASGAR!”. Pense no tamanho do DEDO se o cara tem mais de dois metros de altura, e mais de 100 Kg de massa! “Meu Deus, estou acabado”.

NÃO TINHA COMO FUGIR estava ali, literalmente de quatro e sem calças: de um lado o CLÁUDIO CÉSAR, me segurava por uma das pernas, de outro O JÚLIO GOMES, e ainda o MADEIRA amarrava meus braços, o tronco e pescoço à maca.

E AINDA POR CIMA APARECEU, saindo de dentro do banheiro, uma outra pessoa que filmava e tirava fotografias da cena, mas não pude conhecer quem era. Eu ali de bunda para cima, rosto achatado de lado na maca, via o Ricardão ao meu lado colocando as luvas e passando um creme no seu dedo maior e mais gordo, calmamente. Fechei os olhos e pedi forças a Deus.

MELHOR SERIA MORRER a passar por isso e.... Antes que completasse o raciocínio, começaram todos a contar e o Ricardo com o DEDÃO empunhado para cima como quem dá o dedo a alguém, balançando-o para cima e para baixo no ritmo da contagem: “UM..., DOIS..., TRÊS!”
CHUROSSQUE, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII, RASGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOÔ, MAMÃEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEÊ

“CALMA, CALMA, CALMA FILHO! Foi apenas um sonho”, disse minha mamãe que dormia ao meu lado!

LEVANTEI-ME BRUSCAMENTE, estava todo suado, meus olhos arregalados, esbugalhados, minhas pernas tremiam, meu coração parecia querer sair pela boca e ofegava muito: “UFA, UFA, UFA, AI MEU DEUZIM DO CÉU, ACODE”:. Só então cai na real, fora um sonho. Fui ao banheiro, baixei as calças e percebi que não estava apenas suado e ofegante. Meu Deus, que catinga!
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Fonte: site da AFAI- Artigos – Crônicas p.4
Acesso em 221009

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