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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Centro Cultural Dragão do Mar

Data: 30/08/2009
Nome: Tomio de Novaes
E-mail: tomio1@ig.com.br
Assunto: o Brasil que transforma e dá certo

Em 2006 fui a Fortaleza para conhecer o projeto de revitalização do antigo porto, desativado na década de 30. O Centro Cultural Dragão do Mar, inaugurado há dez anos numa região abandonada e decadente, transformou-se num dos principais atrativos turísticos, e, é um complexo de artes e lazer que trouxe efervecência cultural, foi pensado para revitalizar a Praia de Iracema que já foi um bairro bucólico da cidade. Com 14 mil metros quadrados de área construída, recebeu ano passado 1,2 milhão de visitantes. A estética arrojada, que contrasta com a dos casarões do início do século, privilegiou duas fontes de energia limpa: a brisa e a luminosidade.
O Centro Cultural Dragão do Mar mexeu com o entorno. Velhos armazéns foram reabertos e hoje abrigam escritórios, bares, e até o estúdio de uma emissora de TV. Foi projetado para ser um lugar de múltiplas atividades e um ponto de encontro. Aos domingos a visitação ao Memorial da Cultura Cearense e ao Meseu de Arte Contemporânea é gratuita. O objetivo era atrair pessoas de classes sociais e faixa etárias diferentes, e conseguiu. A experiência pioneira foi em Belém, isolado da cidade por um paredão cinza, o Porto também tinha armazéns obsoletos e subutilizados. A recuperação abriu uma janela para a orla, hoje a Baía do Guajará, é a vedete de Belém. Fortaleza e Belém estão de parabéns, é de boas idéias que o Brasil precisa.

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