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terça-feira, 28 de julho de 2009

AFAILCA – CRÔNICAS - 17 II

Data: 28/07/2009
Nome: JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES
E-mail: airton.soares.as@gmail.com
Assunto: AS BODEGAS DO MERCADO (LADOS 2 E 3)

Terça, 28 de julho de 2009

AFAILCA crônicas 17


João Tomaz Lourenço Martins – Tontim – Abril/2005

Após o refresco gelado do J MARTINS passeemos pelo lado 2 do mercado até a loja do Seu ZÉ OSMAR PONTES, quina à quina com a drogaria do Seu Paz.

Chamemos este lado, o quarteirão das sapatarias. Se não fosse o Seu ANTONIO CÍCERO que negociava ao lado do bar Central, tudo o que era de sapato era vendido nesse quarteirão.
Seu ANTÔNIO OLÍMPIO. Vendedor de sapatos e vendedor também da boa fama de seu “Modebra”. O então Movimento Democrático Brasileiro – MDB. Seu comércio foi palco de acaloradas e engraçadas discussões partidárias envolvendo o próprio, o Seu ZECA PAULINO - que volta e meia chamava o partido de “Modreba para desespero e ira do nobre vereador - Seu FRUTUOSO AGUIAR XIMENES e o meu velho pai “BOTANDO LENHA NA FOGUEIRA”...

Seu RAIMUNDO LOPES e seu leal colaborador, o Opinião. Austero tal como a sua estatura, Seu Raimundo Lopes era proprietário também de uma sapataria e homem fiel aos amigos. Paradoxalmente ao seu concorrente, era correligionário do Seu ABDORAL TIMBÓ, chefe político da UDN.
Se não fosse essa história das bodegas, lhes contávamos a do “CONTRABANDOZINHO” das sandálias japonesas. Ficamos devendo.

Chegamos ao portão do mercado para entrarmos na sortida mercearia do Seu HUMBERTO. Vejamo-no com sua peculiar calma taumaturga, despachando na feira do sábado, citadinos, serranos e sertanejos, coadjuvados pelos filhos ZÉ HUMBERTO, CARLINHOS e HAMÍLTON e o JOÃO DA JÚLIA.

Algumas mercearias a mais e já chegamos à esquina mais movimentada do Ipu . Nessa esquina, àquele tempo, já era necessário um “FAROL” - hoje chamado de “semáforo” - tal o aperreado trânsito de pedestres, carreteiros às costas com sacos de farinha e goma, carrinhos de sorvete e de pipoca, somados à passagem de mulas e jegues, assustados às vezes pela buzina do jipe do Seu PEDRO MORORÓ, às vezes pelo ronco do caminhão do CHICO CARNAVAL.

Adentremos “O QUARTEIRÃO SUCESSO” do mercado. Sim, porque é nesse lado onde encontramos o que o Ipu tinha de mais chique para vender.

A CASA PONTES. A loja mais bonita da cidade, cujo dono, o introspectivo Seu ZÉ OSMAR, vendia sobrinhas e chapéus elegantes, tecidos e plásticos em “altas padronagens” e mostrados em bonitos expositores, hoje, gôndolas. A primeira placa luminosa vista no Ipu foi colocada na fachada da Casa Pontes.

Seu MAURO e as TITUCAS eram duas mercearias em uma só, tal a consangüinidade de seus donos. Principalmente as últimas, ofereciam aos clientes completo sortimento de presentes, metais e louças, especialmente os bibelôs.
Seu CHICO MELO e o MANOEL ARAGÃO, honrados comerciantes, decoravam esta página da história comercial do Ipu de outrora.

O quarteirão sucesso termina com a loja de tecidos do Seu GONÇALO, morador da Rua da Goela e cunhado do Seu HUMBERTO.

Fiquemos por aqui... Logo mais fecharemos o lado 4 e entraremos no mercado, pelo portão que dá para FARMÁCIA MADEIRA.

O RELÓGIO DA IGREJA ANUNCIA A METADE DA TARDE. É HORA DE UM COPO DE GARAPA FRESCA DO SEU CHICO COM UM PÃO-DOCE. ATÉ DAQUI A POUCO.

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