Data: 25/04/2009
Nome: SEBASTIÃO VALDEMIR MOURÃO
E-mail: valdemirmourao@yahoo.com.br
Assunto: última aula dominical
História da ORTOGRAFIA
1986 - Reunião de representantes dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro resulta nas Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, mas que nunca foram implementadas.
1990 – Surge o Acordo de Ortografia Simplificada entre Brasil e Portugal para a Lusofonia, nova versão do documento de 1986.
1995 – Brasil e Portugal aprovam oficialmente o documento de1990, que passa a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995.
1998 – No primeiro Protocolo Modificativo ao Acordo da Língua Portuguesa fica estabelecido que todos os membros da comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem ratificar as normas propostas no Acordo Ortográfico de 1995 para que este seja implantado.
2002 – O Timor Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
2004 – Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, fica determinado que basta a ratificação de três membros para o acordo entrar em vigor. No mesmo ano, o Brasil ratifica o acordo.
2006 – Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o documento, possibilitando a vigoração do acordo.
2008 – Portugal aprova o Acordo Ortográfico.
Mudanças de hoje
Hífen – Palavra compostas que perderam, em certa medida, a noção de composição são grafadas aglutinadamente.
Exemplo: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé, etc.
O hífen continua a ser pregado nas palavras compostas por justaposição que não com contém formas de ligação e cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica.
Exemplo: arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, primeiro-ministro, conta-gotas, guarda-chuva, etc.
• Usa-se o hífen em topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos. Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, etc.
• Os demais topônimos compostos são escritos com os elementos separados, sem hífen. Exemplos: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. Exceção:Guiné-Bissau, consagrada pelo uso.
• Usa-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. Exemplos: abóbora-menina, couve-flor,erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer(também conhecida como margarida ou malmequer). Andorinha-grande, cobra-capelo, fomiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d’água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi(pássaro).
• O advérbio bem, em muitos compostos, aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte. Exemplos: benfazejo, benfeitor, benquerença, etc. Bem-vindo continua com hífen.
Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando encadeamentos vocabulares. Exemplos: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique.
Hífen – Usa-se o hífen nas formações com aero-, agro-,ante-, anti-, arqui-, bio-, circum-, co-, contra-, eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, sobre-, sub-, super-, supra-, tele-, ultra-, etc.
a) Se o segundo elemento começa por h. Exemplos: anti-higiênico, co-herdeiro, extra-humano, pré-história, etc.
b) Se o primeiro elemento termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: anti-
c) -ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno, etc.
d) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal,m ou n (além de h, como já visto). Exemplos: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.
e) Nas formações com os prefixos hiper-, inter-, e super-, quando o segundo elemento começa por r. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
f) Depois dos prefixos ex-(com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo-. Exemplos: ex-almirante, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vizo-rei.
g) Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-, sempre tônicos e acentuados, quando o segundo elemento tem vida própria. Exemplos: pós-graduação, pré-escolar, pró- africano.
Obs: Não se usa hífen nas formas átonas (pos-, pré e pro-). Exemplos: pospor, prever, promover.
• Não se usa hífen nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, sendo que essas consoantes são duplicadas. Exemplos: antirreligioso, contrarregra, cosseno, extrarregular, infrassom, etc.
• Não se usa hífen nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal, se o segundo elemento começa por vogal diferente. Exemplos: antiaéreo, coeducação, coedição, coautoria, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual, etc.
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