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domingo, 13 de junho de 2010

Milton Dias

Data: 13/06/2010
Nome: AILCA - COMISSÃO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO
E-mail: ailca.cti@gmail.com

MILTON DIAS

“Quando (Milton Dias) morreu, na manhã de 22 de março de 1983, deixou vago o seu lugar de melhor papo das rodas palestreiras desta terra de mares tão verdes, sábados líricos e tantas coisas que contar. Seus amigos o choraram em prosa e verso e alguns ainda apontam para o céu, em noites de nuvens escassas e muito uísque, de onde ele, feito estrela, ilumina a saudade de todos. Foi assim que Olga Stela o viu, quando produziu o poema

BALADA PARA O ENCANTADO

Na Ilha do Homem Só
No barco da Capitoa
Nas velas todas do mar
Lá está ele
Encantado

Nas cores do sol poente
Em cada boca da noite
Na brisa do alvorecer
Lá está ele
Encantado

Na várzea do Sete-Estrelo
No disco da lua cheia
No bojo da madrugada
Lá está ele
Encantado

Na Viagem do Arco-Íris
Na ciranda das Cunhãs
Nas ruas de Fortaleza
Lá está ele
Encantado

No compasso da viola
Nas noites de sereneta
Em cada gole de vinho
Lá está ele
Encantado

Nos pagos do Massapê
Na neblina que esvoaça
E abraça a Bica do Ipu
Lá está ele
Encantado

Nas ondas verdes do mar
De sua terra natal,
Nas águas do rio Sena
Lá está ele
Encantado

Nas baladas do sino
No toque da Ave-Maria
Na suavidade da tarde
Lá está ele
Encantado

Embaixo do pé de jambo
Onde a relva é sempre verde
Na morada mais singela
Lá está ele
Encantado

Na saudade que não passa
Em cada instante que passa
Na memória mais constante
Continua ele
Encantado

Continuará encantado
Como a estrela que morre
E seu brilho no firmamento
Permanece
Encantando”

Do livro Sábado, estação de viver, de Juarez Leitão
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Saiba mais no blog da AILCA (aba direita)
http://academiaipuense.blogspot.com

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