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quarta-feira, 30 de junho de 2010

FACÇÃO ROCHISTA DO IPU- ASCENSÃO, QUEDA, RECOMEÇO E AUTO-DESTRUIÇÃO - PARTE I

Data: 28/06/2010
Nome: PAULO CÉSAR FARIAS TORQUATO
E-mail: paulo_torquato@hotmail.com
Assunto: LI E REPASSO: http://www.ipuemdebate.blogspot.com/

FACÇÃO ROCHISTA DO IPU- ASCENSÃO, QUEDA, RECOMEÇO E AUTO-DESTRUIÇÃO -PARTE I

No final da década de 50, em meio ao caráter liberal que o Brasil vivia com a promulgação da Carta Constitucional de 1946, o Ipu passou a ter uma divisão política caracterizada pelo bipartidarismo. Foi nesse cenário que surgiu a facção a qual chamamos de Morais e a Rochista.

O grupo Morais, chamamos assim por ter o Padre Francisco Ferreira de Morais como o líder-mor, se estruturou na década de 1920 e teve, até meados do século XX, como líderes maiores Felix Martins, Abdoral Timbó, Joaquim Lima, Abdias de Sousa Torres, Oscar Coelho, Zeferino de Castro e Antonio Pereira de Farias. Nas décadas de 70, 80 e 90 esse grupo teve a liderança do Padre Morais, Milton Pereira e Flávio Mororó.
Os Rochistas, chamamos assim por ter o Médico Francisco Rocha Aguiar como principal líder, surgiram nos anos 50. Essa facção, a qual teve também como membros expressivos Antonio Martins de Carvalho, Antonio Ximenes Veras, Augusto José de Aragão e Antonio Olímpio,surgiu em meio a uma composição mais complexa do cenário urbano-político de Ipu, influenciado pelos ventos liberais da política nacional, agora com um reinante pluripartidarismo (UDN, PSD PSP e PTB) também observado nas cidades interioranas, onde setores populares de feição predominantemente urbana, almejavam mudanças políticas em suas cidades. Isso foi lugar comum em cidades interioranas de grande e médio porte, onde o Ipu se insere.

No Ipu dos anos 40, 50 e 60 do século passado, os bairros cresciam, havia mais acesso a educação e o rádio se popularizava. Apesar do voto ainda ser privilégio de pessoas teoricamente alfabetizadas, estavam os munícipes desejosos em promover uma maior participação dos setores subalternos na vida política da cidade, dominada monoliticamente pelos chefetes ligados a agricultura e ao comércio local.

Antonio Martins de Carvalho, apesar de oriundo do setor aristocrático, tinha identificação forte com os setores populares. Antonio Martinzão como era chamado por muitos, era grande motivador de eventos esportivos e culturais da cidade. Dr. Rocha Aguiar era médico da Fundação Nacional de Saúde (Antiga SUCAM) e chegou nos anos 50, oriundo de Camocim onde sua família há muito militava na política local. Ambos uniram suas forças. Perderam as primeiras eleições que disputaram em 1958 e 1962, mas o Dr. Rocha Aguiar chegaria ao poder em 1966, sendo eleito pelo partido da ARENA com 3.166 contra 2.516 do seu adversário Francisco Torres Veras ( Chico Macarrão). Se grupo ficaria no poder até 1976 quando a sua esposa e prefeita Antonieta Rocha Aguiar passaria o poder de volta para a facção Morais com a eleição de Antonio Milton Pereira. Em 1982 o Dr. Rocha Aguiar, tendo como vice Maurício Xerez, tentou voltar ao poder, mas foi derrotado por Flávio Mororó e Vladimir Mourão. O grupo Rochista passaria por uma renovação, se projetando como possível nova liderança o Engenheiro Agrônomo Iran Belém Rocha. O doutor Iran era casado com Cristina, filha do Dr. Rocha Aguiar. Figura carismática e de forte vocação política, Iran acabou tendo sua vida brutalmente ceifada em 1983, abreviando sua promissora carreira política na Terra de Iracema.

FONTE: http://www.ipuemdebate.blogspot.com/

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