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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Aderson Magalhães - nome de rua

ADERSON MAGALHÃES

(All RIGHT)

VAI VOLTAR AO IPU

O vereador Antônio Olímpio, presidente da Câmara Municipal de Ipu, recebeu do jornalista acejiano, vereador Raimundo Nonato Moreira Bonfim, de Crateús, carta sugerindo dar o nome do jornalista Aderson Magalhães, a uma rua de Ipu.

Aderson Magalhães (All Right), nasceu em Ipu a nove de junho de 1896. Era filho de Augusto Magalhães e Ana Rosa Cavalcante de Albuquerque.

Na manha de 1913, com menos de 18 anos, deixou o Ipu que, com outros de sua época, como Antônio Aragão e Dico Passos, obtiveram fama por suas inquietações na vida ipuense, que ele lembraria, anos depois, em muitos de seus artigos de saudade à terra natal, Ipu, cidade famosa por sua decantada bica e por ter sido berço de Iracema, tornou-se mais conhecida pelos escritos evocativos de um de seus filhos jornalistas, ele, Aderson Magalhães.

Da cidade natal, Aderson sempre lembrava a bica, a casa-de-pedra, o gangão, o beco do kafute, o engenho do Velho Doroteu, o cemitério velho e o novo, do Alto dos Quatorze.

Na época em que foi trabalhar na livraria do tio, em Manaus, segundo referiu, Aderson começou a interessar-se pelas letras. Lia tudo e, nas horas vagas, estudava. Bacharelou-se em Direito, mas nunca quis saber de advocacia, nem de qualquer outra atividade.

MEDALHA DE REI

Aderson era apenas jornalista. Tinha-o como uma “escola em que se tem por obrigação ensinar e orientar honestamente e diariamente o público”. Dizia sempre: “O trabalho de imprensa semeia, mas não colhe.” E também, “para ser bom jornalista, lido e apreciado, é preciso possuir três virtudes - clareza, brevidade e repetição.”

A verdade é que ele gostava de sua profissão, mas queria ter independência nos seus escritos. Pela sua breve e elevada atuação na imprensa, Aderson Magalhães foi condecorado pelo rei da Bélgica, sendo-lhe entregue a medalha em solenidade de 23 de maio de 1960, pelo embaixador Louis Colot.

PRINCIPAL DESEJO

Aderson Magalhães chegou a confessar, antes de morrer, que seu principal desejo era voltar ao Ipu... Sim, Aderson, você voltará ao Ipu... Voltará ao Ipu porque o vereador António Olímpio acatará a sugestão do confrade Nonato Bonfim.

Não será demais, a exemplo do que foi feito com outros filhos da terra, como Delmiro Gouveia e Tomás Correa, os homens públicos do Ipu erigirem um busto seu em logradouro a ter o seu honrado nome. Você fez jus, Aderson!

Se ao
vereador Antônio Olímpio faltar à coragem de prestar-lhe esta homenagem -- que acreditamos não faltará -- podemos adiantar que o pedido também será válido para os outros edis, desta e de outras legislaturas.



Por jpMourão - publicado no jornal O POVO

de 20 de novembro de 1967, na então

coluna Bicadas de Ipu.



01/06/2008
afai-fatos históricos p02

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