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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

AFAILCA Crônicas 30

Data: 14/10/2009
Nome: JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES
E-mail: airton.soares.as@gmail.com
Assunto: EU E LUCIANO, PEGAMOS TODAS as roupas de Manoel Valério, o finíssimo Smoking e camisas de seda que Valério se apresentava com o CORAL DA UNIVERSIDADE e fizemos nós nas pernas da calça, nas mangas do palitó, nas mangas das camisas e no resto das roupas e


AFAILCA Crônicas - 30

NA PENSÃO APARTAMENTO DE MANOEL VALÉRIO – 1964

Por Chico Parnaibano

MORÁVAMOS NO APARTAMENTO PENSÃO de Manoel Valério, eu - Chico Parnaibano, Luciano Paiva, Pedro Timbó, Napoleão Timbó e Murilo - Não lembro o sobrenome. O apartamento era no Edf. Nelson Ototch, na Liberato Barroso esquina com a Tereza Cristina. O edfiicio era quase todo de pensão de estudantes.

NO MESMO ANDAR TÍNHAMOS como vizinhos os “mininos do seo Abdias Martins: Olivio, João e Simão, Depois vinha opatº de Zé Everton de Castro, o irmão dele Gutemberg de Castro, Luis Carlos Parente e Beré, eterno estudante de farmácia, o aptº de Geraldina e uma amiga, e o apatº de um pessoal lá de Poranga.

MURILO, APESAR DE SER FILHO DE ALEMÃO, era baixinho, com pouco mais de metro e meio de altura, um amigão dos bons, porém quando bebia ficava brabo e bagunceiro e depois da embriaguês Murilo não se lembrava do que fazia quando estava embriagado.

LUCIANO PAIVA fazia Agronomia e servia ao exército no CPOR.

EU ESTUDAVA NO LICEU, 2º cientifico e trabalhava na Norton Proganda. Não recordo o que os outros estudavam. Parece que Murilo iria fazer pela segunda vez o vestibular de Química ou Física.

NUM SÁBADO QUALQUER DA VIDA, todo mundo foi para uma tertúlia no Maguary. Ficamos eu e Luciano porque estávamos lisos e também, eu tinha que ir buscar minha feira de merenda semanal, que minha mãe mandava todo Sábado, por algum portador que viesse no trem do IPÚ.

ERA UMA CESTA GRANDE com FRUTAS, PAÇOCA, GALINHA ASSADA, DOCE DE LEITE, DOCE DE BANANA, MASSA DE BURITI, QUEIJO DE COALHO... Luciano resolveu ir comigo, pegamos um ônibus e fomos esperar o trem em Antonio Bezerra, na volta quando chegamos no apartamento estava MURILO cheio de cana perturbando a vida de todo mundo.

AQUIETA, ARREDA, DAQUI E DALI consegui que a pequena fera tomasse dois Sonrisal e fosse dormir.

MURILO tinha uma consideração enorme por MANOEL VALÉRIO. Então tive uma ideia maluca de curar a bebedeira de MURILO com um tratamento de choque via Manoel Valério.

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EU E LUCIANO, PEGAMOS TODAS as roupas de Manoel Valério, o finíssimo Smoking e camisas de seda que
Valério se apresentava com o CORAL DA UNIVERSIDADE
e fizemos nós nas pernas da calça,
nas mangas do palitó, nas mangas das camisas
e no resto das roupas e jogamos tudo no chão.
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ENFIM CRIAMOS UMA BAGUNÇA com as coisas de Valério como se o Murilo tivesse feito tudo. Ficamos de plantão, sem dormir eu e Luciano esperando que o pessoal retornasse da farra. Quem ia chegando a gente mostrava o que O MURILO “TINHA FEITO”.

POR ÚLTIMO CHEGA VALÉRIO lá pelas 5 e meia da manhã - o sol já tinha nascido - Valério ficou brabo que nem uma capota e acordou o coitado do Murilo: Acorde seu irresponsável, acorde, acorde.

O COITADO DO MURILO foi se levantando ainda grogue em entender nada do que estava acontecendo.

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E VALÉRIO: Olhe só seu irresponsável o que você fez
com a minhas coisas e Murilo dizia apenas
VALÉRIO PELO AMOR DE DEUS eu não me lembro de nada.
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ENCURTANDO A HISTÓRIA: Acho que até hoje Murilo não sabe desta historia da sua amnésia alcoólica.

A PARTIR DESTE DIA MURILO continuou tomando seus porres,chegava bêbado pisando na ponta dos pés e sem brabeza.
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Fonte: site da AFAI – Artigos – crônicas, p. 5
Acesso: 14/10/2009
Formatação: “AS

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