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domingo, 29 de março de 2009

Esquisita Sensualidade 03

Data: 29/03/2009
Nome: JOSÉ AIRTON PEREIRA SOARES
E-mail: airton.soares.as@gmail.com
Assunto: crônicASemanal

29 03 09 - 2318

ESQUISITA SENSUALIDADE

Por Airton Soares

Fim de semana. Chove. Chuva de inverno. Ao pé de mim a companheira inseparável. Uma gata - com olhos pidões, verdes, da cor de caldo de cana de engenho - aguarda seu costumeiro e indispensável mimo estomacal. Uma vez farta, preguiçosamente, passa a língua sobre si mesma, várias... e várias... vezes. Na preguiçosa, leio Olegário Mariano (1). Em um dado momento, interrompo a leitura e olho pra chuva, olho pra cidade, olho pra gata e olho pro livro.

OlegárioGataCidadeChuvaEu.

Simbiose perfeita! Só nós sabemos. Só nós sentimos! Olegário e eu. Quem sabe... também a gata! Retorno à leitura e mais uma vez comprovo a sensação de entendimento íntimo entre ficção e realidade:

“Sob a chuva, a Cidade
.
.
Tem a esquisita sensualidade
De gata que se lambe e que se acaricia...”

(1)Olegário Mariano (Recife, 24 de março de 1889 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1958) foi um poeta, político e diplomata brasileiro. Foi eleito em 23 de dezembro de 1926 para a cadeira número 21 da Academia Brasileira de Letras

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