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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Língua Portuguesa

Data: 28/06/2010
Nome: CLÁUDIO CÉSAR MAGALHÃES MARTINS
E-mail: claudiocmartins@msn.com
Assunto: Língua Portuguesa

Prezados ipuenses,

Como o assunto "vernáculo" voltou a baila, nada melhor do que recordarmos o antológico soneto de Olavo Bilac "À Lingua Portuguesa", abaixo transcrito:

Olavo Bilac


Língua portuguesa


Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...


Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Cordialmente,
C. César

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