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segunda-feira, 31 de maio de 2010

ESTAÇÃO - "Estou pronta, cavalheiros!"

Data: 30/05/2010
Nome: RICARDO MARTINS ARAGÃO
E-mail: ricardo.boris@gmail.com
Assunto: "Estou pronta, cavalheiros!"


Caro Paulo Rocha e demais filhos e amigos do Ipu,

De fato a “Velha Senhora” foi “siliconada” e está – em vista do que era – novinha e “tinindo”! Embora pareça está suspensa a obra. Pelo menos começaram uma caixa d’água ao lado do prédio que há alguns meses não movem um tijolo sequer.

Todavia, em relação ao projeto da biblioteca, não imagino sua conclusão para tão cedo. Não por pessimismo. Saibam o porquê (minha opinião pessoal).

A Estação já estava como está agora (quase pronta), quando questionei ao prefeito Sávio Pontes – na ocasião da audiência pública sobre o mercado – quando iriam desviar as linhas sob a gare (vão central da estação).

Lembrei ao Sávio que enquanto não houver referido desvio, ou pelo menos o prolongamento de linhas duplas até o bairro dos Pereiros, não haverá condição para a implantação da biblioteca. Considerando, s.m.j., que o Ipu, juntamente com Sobral e Crateús, são as únicas estações da Região Norte com linhas múltiplas para possibilitarem o cruzamento e manobras de comboios. Ou seja, a existência de mais de uma linha férrea em nossa cidade é uma necessidade técnica e não um capricho.

Portanto, em meu ponto de vista, enquanto não houver um prolongamento dessas linhas para tirá-las debaixo da gare da estação, não haverá condição para implantação da biblioteca, pois o seu projeto vislumbra uma passarela ligando os dois prédios.

A resposta do prefeito é que ele já estava fazendo a parte dele, ou seja, a reforma/restauração do prédio da Estação Ferroviária. E essa parte técnica era problema da empresa que administra a linha férrea, CFN, salvo engano. Mas, assegurou o prefeito que procuraria fazer o possível para resolver esse problema junto à aludida empresa.

A questão é:

QUAL O INTERESSE DE UMA EMPRESA PRIVADA EM GASTAR ALGUMAS DEZENAS OU CENTENAS DE MILHARES DE REAIS EM TROCA DE UMA BIBLIOTECA PÚBLICA DE UMA DAS MUITAS CIDADES EM QUE ATUA?

E SE NÃO O FIZER, A QUEM CABERÁ ESSE CUSTO? AO MUNICÍPIO? AO ESTADO (SECULT)? À UNIÃO (IPHAN)?

Sim, pois, considerando a necessidade das múltiplas linhas férreas e, não podendo ser onde estão (pelo menos sob a gare), terão de construir novas linhas ou para um lado (Pedrinhas) ou para o outro (Pereiros) da Estação. E isso demanda muito tempo e dinheiro. E quem bancará essa grana? Pergunto. A empresa privada?! Duvido! Ou seja, não é para tão cedo essa realidade, ao meu ver! E isso não é pessimismo, mas bom senso. Mesmo assim, tomara que eu esteja errado!

Particularmente, acho que essa “Malhação” ainda vai render muitos capítulos e as entidades envolvidas no projeto, principalmente a Prefeitura Municipal e quem sabe até a AFAI, deveriam deixar a população bem ciente de todos os pormenores e eventuais percalços que impedem o desfecho dessa “novela”, cuja protagonista principal é a nossa “Velha Senhora”, Estação Ferroviária de Ipu, que, pelo jeito, vai ficar linda pro “baile”, mas vai cansar de esperar pela “carruagem”!

Fica a reflexão e o apelo para que se traga à luz toda essa questão. Creio que o cidadão ipuense e os tantos amigos desta terra merecem essa atenção.

Com absoluto respeito ao contraditório.

Cordialmente,
Ricardo Aragão

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