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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Concitação / por Olívio Martins

Data: 04/07/2008
Nome: OLÍVIO MARTINS DE SOUZA TORRES
E-mail: oliviomst@yahoo.com.br
Assunto: Concitação

Caro amigo João Mourão e Conterrâneos,
A propósito de sua incitação para que a AILCA acorde e a AFAI caminhe mais rápido, estou, como membro da AILCA, plenamente de acordo. Agora, vamos ser pragmáticos. Estou falando apenas da AILCA que - ainda não tendo completado seu quadro de acadêmicos, faltando, creio, umas dez vagas a serem preenchidas - tem uma renda mensal de R$ 300,00 (trezentos reais). Considerando os gastos com as sessões na Academia Cearense de Letras (opção do grupo) - R$ 80,00 por sessão -, e as despesas de janeiro, em Ipu, com a posse dos novos acadêmicos, deve-se convir que os recursos da Instituição são assaz escassos. Temos, como você sabe, o projeto da Biblioteca da AILCA, em Ipu, (cerca de 2.000 livros já estão disponíveis), mas ainda não temos local onde instalá-la.
O Padre Raimundo Nonato colocou à disposição da AILCA e da AFAI a casa da Paróquia que lhe foi doada pela família do Sr. Osvaldo Araújo. É uma casa grande mas velha. Precisa de reforma e a Paróquia não tem recursos para esse fim. Caberia, pois, à AFAI e à AILCA assumir esse compromisso com a Paróquia. Uma reforma mínima indispensável naquela casa, segundo um engenheiro confiável, giraria em torno de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), incluindo forramento, piso, mudança do madeiramento da coberta, telhamento, sala de reuniões e biblioteca com estantes, cadeiras e mesas. Só há uma solução: a AFAI e a AILCA encetarem uma campanha de arrecadação de recursos para esse fim. Isto não é fácil, haja vista a campanha do Petinha, apoiada sentimentalmente por todos os ipuenses, visando ao reflorestamento da Bica e das margens do riacho Ipuçaba, que não apresentou, como se desejava, os resultados minimamente esperados. É que, meu caro João Mourão, o bolso é, sem dúvida, a parte mais sensível do corpo humano. Quase todo o mundo acha que essas obrigações são do poder público, mas a comunidade tem um papel importante na solução dos problemas que a afligem. É preciso plasmar a cidadania, o que só se consegue com muito trabalho, esforço e pertinência. Lembro-me, quando estudante do Liceu do Ceará e na leitura, em classe, do poema épico Os Lusíadas, de Camões, num determinado texto, líamos: "As coisas árduas e lustrosas se conseguem com trabalho e com fadiga". Fica, pois, este texto para análise e meditação pelos ipuenses e, das sugestões apontadas, poderemos chegar a soluções plausíveis. Mas é preciso que todos analisem com profundidade esses problemas e não demos como resposta o silêncio e também não nos finjamos de mortos. E precisamos agir a curto e médio prazos, pois, a longo prazo, já teremos atravessado o rio Letes.
Paz e Bem!
Olívio Martins
Fortaleza, 04.07.2008

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