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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Segurança em IPU - por Ricardo Aragão

Data: 21/01/2010
Nome: RICARDO MARTINS ARAGÃO
E-mail: ricardo.boris@gmail.com
Assunto: SEGURANÇA

Caro amigo Paulão Torquato,

É bem verdade que o Ipu está se tornando uma cidade perigosa. E não apenas em assaltos e atentados, mas principalmente na questão das drogas e tráfico. O Ipu está se desenvolvendo depresa, mas principalmente nestes quesitos que envolvem a violência, nossa cidade está mesmo se comparando às cidades de médio porte do interior do estado como Iguatu, Crateús, Tianguá e Canindé. E não tardará, chegará no patamar das grandes como Sobral e Juazeiro do Norte. É uma triste realidade. Porém, a violência não é uma característica apenas dessas cidades, digamos, maiores e mais desenvolvidas. Vide a questão de Pedra Branca, por exemplo, quando em apenas um dia, homens armados assaltaram as agências do Bando do Brasil, Bradesco, Correios e casa lotérica. Está mesmo preocupante a problemática da segurança pública em todo o Estado do Ceará!

Sobre a obrigatoriedade de motoqueiros usarem capacetes, apesar de facilitar ações criminosas pela dificuldade de identificação dos meliantes, não acho coerente atribuir apenas ao uso desse equipamento todos os problemas de segurança de uma cidade. Muito menos culpar as autoridades públicas responsáveis pelo trânsito da cidade pela incidência de crimes com uso de motocicletas e capacetes escuros, pois trata-se de uma obrigação.

O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, EM SEUS ARTIGOS 54 E 55 DETERMINA QUE OS CONDUTORES E OS PASSAGEIROS DE MOTOCICLETAS, MOTONETAS E CICLOMOTORES SÓ PODERÃO CIRCULAR NAS VIAS OU SEREM CONDUZIDOS POR ESSES VEÍCULOS USANDO CAPACETE DE SEGURANÇA.

Repare que a abrangência do CTB é NACIONAL e não cabe a governos estaduais, muito menos municipais, através de suas autarquias de trânsito, DESCUMPRIREM uma determinação superior.

O que deveria ser feito (isso sim!) seria um maior contingente policial nas ruas. Policiais bem remunerados, bem instruídos e muito bem equipados para combater quaisquer tipos de violência.

A situação do Ipu, em particular – e aqui me abstenho de qualquer discurso político partidário – é bem melhor que a de muitas cidades de seu porte. Pois, apesar do Ipu já merecer um batalhão da Polícia Militar, conta com um contingente da PM razoável e algumas viaturas, uma delas, uma Hilux novinha em folha. Além disso, o efetivo de guardas municipais em nossa cidade é um dos maiores, se comparados a outros centros urbanos do tamanho e até maiores que o Ipu, pois conta com um total de 123 homens e mulheres e duas viaturas Hilux novas, cedidas pelo Governo do Estado através do programa Pró-Cidadania, que inclusive formou 96 desses guardas recentemente.

Conversei por telefone com o Gean, Chefe da Guarda Municipal de Ipu, a respeito dessa questão da violência e, segundo o mesmo, o maior problema é a falta de comunicação. Principalmente entre os comerciantes e as forças públicas. Pois, tanto a PM, quanto a GM de Ipu, têm efetivo e equipamento suficientes para prevenir e coibir muitos dos delitos que são cometidos. Uma ligação para o número de emergência 190, informando sobre elementos suspeitos nas proximidades de um comércio, banco, casa lotérica, posto de gasolina, etc, certamente diminuiria sobremaneira esse tipo de violência em nossa cidade.

Por fim, acho que, ironicamente, falta mais senso de cidadania aos próprios cidadãos que acabam se tornando vítimas desses mal-feitores. Falta também bom senso a muitos cidadãos ipuenses que apenas criticam e não reconhecem os esforços dos governos estadual e municipal no campo da segurança. Embora ainda falte muito a ser feito, sobretudo na questão da valorização dos profissionais, por meio de salários dignos e de uma constante reciclagem para sempre servir bem o cidadão.

Mas culpar o uso de capacete pelos assaltos não dá! Pois É LEI.

Ricardo Aragão

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