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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Festa - 14º Ipu - Reencontro por Tobias Sampaio

Data: 20/01/2010
Nome: Tobias Marques Sampaio
E-mail: tobsam@oi.com.br
Assunto: Reencontro

Mais uma vez o povo de Ipu está de parabvéns pela realização do REENCONTRO, justamente nos dias em que se festeja o padroeiro da cidade São Sebastião.
Desta vez não deu para eu ir já tendo estado por aí no final do ano, inclusive no meu Guarani, onde presenciei uma corrida de muitos atletas do lugar incenticado por Ricardo meu primo "O Cacique" e por meu irmão Mateus.
Então escrevi esta crônica:

Meu Guarani

Do Guarani saí e para lá volto sistematicamente duas ou três vezes por ano, porque foi lá que nasci, porque lá existe uma raiz muito forte e lá ainda está minha mãe a circular pela velha casa tombada pelo nosso desejo de não deixar de frequentá-la.
O Guarani não é uma cidade nem é uma vila, mas tem escolas para as crianças se orientar e, também posto de saúde para simples exames. Tem luz elétrica, telefone público, pista de asfalto e gente civilizada. No Guarani não falta nem mesmo uma igreja católica, para que os fiéis mais convictos não percam o destino de suas almas.
Lá no meu Guarani falta cemitério e é bom mesmo que não o tenha. A existência de um campo santo aparenta tragédia, mortes em série e a população parece conviver sem a paz necessária.
No Guarani passa um rio ou riacho que percorre vários quilômetros e por lá segue aguando, contaminando, adubando e, às vezes, fazendo travessuras, ou seja, arrastando o que encontra pela frente, quando é período de chuvas, mas ele é o queridinho de todos nós.
A existência do tal rio, denominado Piau, faz com que o lugar fosse meio dividido. De um lado o que é de barro vermelho e os moradores parecem se achar. São privilegiados também porque sempre tiveram uma estrada de terra batida, o que facilitava a locomoção de gente, animais e mais tarde carros, muitos carros, hoje é asfaltada.
Já do outro lado, onde a areia branca impera, o processo de habitação foi lento e a estrada, na realidade era um caminho de muita areia, que não permitia a passagem de carro automotor. Até mesmo para bicicleta era impossível.
O Guarani hoje tem, além do asfalto uma estrada de piçarra, não muito adequada, mas fazer o quê? Convencer os políticos a melhorar, eles têm a solução pra tudo.
No Guarani de agora se inventa, se constrói, se vive às mil maravilhas, é um povo que sabe viver. Para concluir o Guarani se prepara para consolidar uma corrida de fim de ano, onde seus moradores podem sair do sedentarismo e percorrer seis mil metros de puro prazer, dando origem assim a “Corrida do Guarani” ou de “São Mateus”.
Povo desenvolvido cria meios para que sua gente não pereça no anonimato, nem viva no distante mundo das cavernas sem um elo com a civilização.

Abraços deste amigo dos filhos de Ipu.

Tobias

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