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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

História do Ipu - Fragmentos

Data: 29/12/2009
Nome: ANTÔNIO CARLOS DE MARTINS MELLO (TATAIS)
E-mail: acmmello@gmail.com
Assunto: Rua do Papoco e o Cemitério Velho

Por falar na rua do Papoco, aquela que sai por detrás da Igreja Nova e vai despejar as águas pluviais na RVC, de saudosa memória - um dia por ali chegava e saía o trem de ferro. Quem,
dos fundos da dita igreja olha pro Norte, vê um hospital, o Patronato Souza Carvalho e outras construções que já nem sei.
Mas não sabe muitas vezes o que existia ali naquele largo imenso, por onde as meninas estudiosas passavam toda manhã para as aulas. Pois vou logo dizendo, a fim de que fique para a História, que debaixo daquele chão é de se esconder muito esqueleto humano, daqueles que antigamente espalhavam assombrações na imaginação do povo. Ali era o CEMITÉRIO VELHO, de onde escorria a grota rua a baixo até
sumir no canto do Quadro da Igrejinha, ali no Beco do Caburé (havia uma placa dando-lhe o nome de Trav. 13 de Maio, lembro muito bem), unindo-se ao Riacho Ipuçaba, por debaixo da ponte da Estrada de Rodagem. O campo-santo, como alguns dizem, de velhas ruinas de catacumbas, era administrado por um velhinho de nome Seu Macário, que
morava bem no início da dita Rua do Papoco, olhando para o que seria a Matriz, de costas para a rua da Mangueira e rua da Cajazeira, onde havia muitos casebres das raparigas,
que certas noites varavam o silêncio com o baticum de seus
sambas. Que Deus as tenha! "Ad perpetuam rei memoriam", aí vai um fragmento da História do Ipu, antes que se perca para sempre.

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