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segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Senado não existe para ser essa coleção de privilégios...


Data: 19/04/2009
Nome: DR. LAMBARI DASILVA P.P.
E-mail: lambari.dasilva@ibest.com.br
Assunto: O QUE OS POLÍTICOS ESTÃO FAZENDO?

Atualmente os senadores ofendem o país, os deputados acumulam escândalos, o executivo usa a estrutura do governo para campanha política. O que esses senhores estão fazendo com a nossa democracia? Em declarações e atos nos últimos dias, os senadores levaram ao limite a paciência dos contribuintes ( dos formadores de opinião ): "todos aqui sabem como a Casa funciona", lembrou a senadora Roseana Sarney, hoje governadora do Maranhão, numa reunião de líderes. Mas o país não sabia tudo isso.

O Senado não existe para ser essa coleção de privilégios, irregularidades e vergonhas aceitas como normais. Era para ser uma instituição madura, revisora das decisões da Câmara dos Deputados, representante em equilíbrio paritário dos estados da Federação.

O país já sabia que o Senado não funcionava exatamente como nos livros escolares. O país poderia até intuir nomeações de parentes, funcionários fantasmas, gastos excessivos, mas não tudo isso que está vendo nos últimos dias. Um clube com uma coleção de absurdos tão excessivos que pode levar os jovens a se perguntarem: para que o Senado existe?

Se a pergunta for feita, o risco é de que as respostas sejam que a instituição existe para que a casta dos senadores possa usar, como quiser, o dinheiro público, para que o ex-diretor-geral Agaciel Maia, adquira bens muito acima de suas posses e nem os declare, e que em troca, permita a farra das contratações que levou o Senado a ter o exorbitante número de 10 mil funcionários, com direito a hora extra no descanso. E que existe também para que os senadores nomeiem para a presidência da poderosa Comissão Mista do Orçamento o "Almeidinha", aquele cuja qualificação foi ser o fiel escudeiro do senador Renan Calheiros, que usava uma empreiteira para pagar a amante.

Na Câmara dos Deputados, a cumplicidade dos pares em torno de irregularidades e desvios de condutas e de dinheiro que já chocaram o país em várias ocasiões. Dos anões do Orçamento para cá foram tantos, que o país até já perdeu a conta.
O Executivo está em plena campanha política. No dia 18 de fevereiro, só para citar um exemplo, (que são muitos, pelo menos toda semana ha uma reunião), o Palácio do Planalto foi sede de uma reunião do Conselho Político sobre as chances da candidata declarada do "Cara" a sucessão, quando tomaram a decisão de que a guerrilheira continuaria a "inaugurar" obras. Nem se dão ao trabalho de fazer a reunião fora do expediente, e em outro local. Será assim até o final do próximo ano.

O governo será usado para a campanha presidencial, com as explicações de sempre, de que a gerente precisa acompanhar as obras. É o álibi pré-moldado. Depois, bastará a Justiça Eleitoral, repetir o que fez no Maranhão, para dar a impressão de que está vigilante. A Justiça Eleitoral tem a obrigação de estabelecer os princípios agora, para todos os níveis de governos, para todos os canditatos.

O que se passa na cabeça dos políticos? eles sabem que somente uma pequena parcela da população brasileira é politizada. O risco é de que os jovens, os donos do futuro, achem que a democracia não vale o que custa. Podem não notar as virtudes que nós , os mais velhos, valorizamos na democracia.

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