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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Socialismo

Data: 17/12/2009
Nome: HENRIQUE AUGUSTO PEREIRA PONTES - GUTO PONTES
E-mail: guto@secrel.com.br
Assunto: Socialismo

Pelo que leio, percebo que certamente o amigo JPMourão levanta a voz contra o "assistencialismo" como medida de política pública.

Mas, a citação colocada na mensagem desperta algumas considerações.

Só pra começo de conversa:

Em grande medida o "homem é mesmo produto do meio", portanto, se os meios de produção são privados(tem dono) e se a competição - livre concorrência - é regra para o estabelecimento da prosperidade - condição dos ricos - então, como fazer para estabelecer equilíbrio entre todos os livres- "concorrentes"?

Senão, a competição vira covardia...

Será que os filhos dos "carentes" dispõem dos mesmos recursos/oportunidades que os filhos dos "ricos"/detentores dos meios de produção e acumulação?

Na visão socialista, da qual comungo, é papel do ESTADO equilibrar a balança e dar condições para que haja uma condição democrática de utilização dos recursos públicos a fim de assegurar a todos O DIREITO DE OPORTUNIDADE. Penso ser óbvio que em última análise o critério de prosperidade no livre mercado será sempre a MERITOCRACIA, com exceção dos usos/abusos de uma corrente marginal que se vale da ilegalidade e dos crimes. E, há aqueles que simplesmente não desejam prosperar e acomodam-se...deve-se ser respeitado este direito, contudo, o próprio deverá viver segundo sua escolha.
Mas, vejam, mesmo sem ambição ou esforço, ninguém deve ser privado das condições mínimas de sobrevivência. O Estado deve garantir as condições mínimas sociais para esta sobrevivência do indivíduo. Sem isso, não há civilidade possível!

A humanidade obedece ( ou pelo menos deveria obedecer) um padrão de evolução contínua em suas relações sociais. Até atingirmos um patamar desejável de comunidade, onde TODOS serão contribuintes, o custo da socialização da "oportunidade para todos" será bancado pelos impostos pagos pelos que produzem e acumulam riquezas! NÃO TEM COMO SER DIFERENTE. Inclusive, nas relações entre países!

Importante: o único assistencialismo legítimo e necessário, provisioramente, é o que parte do ESTADO. Senão, voltamos ou nunca sairíamos do CORONELISMO, conhecido fenômeno social, muito comum no nordeste, que surgiu exatamente em razão da ausência do ESTADO em assistir aos socialmente carentes, deixando que esta lacuna fosse preenchida por particulares(coronéis) que exerciam seu PODER de doar em troca da subserviência dos "SUB-CIDADÃOS"!

E, haja paciência e trabalho e muito investimento em EDUCAÇÃO para superarmos esta realidade de SUB-CIDADANIA! Até lá, ainda pagaremos muitos impostos pelos carentes...
E, eu pago feliz, desde que seja utilizado com TRANSPARÊNCIA E EFICIÊNCIA.

Desesperar Jamais, em nome dos filhos,

Guto

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